Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 28 Jul 2021 ( STP-Press) – O Primeiro-Ministro são-tomense congratulou-se hoje com a iniciativa do Presidente da República de reunir-se já esta quinta-feira com os titulares dos órgãos da soberania para se encontrar uma solução para crise judicial no Tribunal Constitucional face as decisões referentes aos resultados das eleições presidenciais de 18 de julho.
“Os filhos de São Tomé e Príncipe conseguem encontrar soluções endógenas” – disse Jorge Bom Jesus tendo sublinhado que “penso que bom senso com toda a nossa sabedoria e participação de todos, como caso da Sua Excelência o Presidente da República enquanto garante do funcionamento das instituições… possamos de facto encontrar uma solução” que considera de “demasiado preocupante”
“A situação prevalecente após divulgação dos resultados eleitorais provisórios é demasiado preocupante e naturalmente que o governo não pode manter-se impávido e sereno diante desta situação que briga com a imagem de São Tomé e Príncipe e tudo aquilo que nós conquistamos”, disse o Primeiro-Ministro.
Jorge Bom Jesus disse que “recebemos um convite da sua excelência o senhor Presidente da República cuja, iniciativa aproveitamos para saudar no sentido de participarmos amanhã, [quinta-feira, dia 29] num fórum juntamente com outros órgãos da soberania, naturalmente com participação dos cincos juízos do Tribunal Constitucional no sentido de se encontrar uma solução que quanto mais cedo melhor porque o país já não suporta o que está a acontecer”
Jorge Bom Jesus disse que “não podendo imiscuir-se nas esferas dos outros órgãos da soberania, o governo tem encontrado espaços para juntos de outros órgãos para se poder encontrar solução que venha em benefício de São Tomé e Príncipe, do seu povo e do processo de desenvolvimento”.
Além de pedir toda população de São Tomé e Príncipe que se mantenha calma e serena, Jorge Bom Jesus disse que “eu peço a aqueles políticos com responsabilidades para pararem com discursos incendiários, inflamatórios que não ajudam a encontrar uma solução”.
O desentendimento entre os cinco juízes que compõem o Tribunal Constitucional deve-se existência de dois acórdãos sobre uma mesma questão, sendo um assinado por dois juízes que decidiram pela recontagem integral dos votos das eleições presidenciais de 18 de Julho e a existência de um outro assinado por três juízes que contrariam a supracitada recontagem.
Fim/RN