Por: Manuel Dênde, jornalista da STP-Press ** Foto Arquivo
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 15 Jul 2021 (STP-Press) – O Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, declarou-se, esta quarta-feira, em São Tomé, bastante optimista que a presidência angolana da CPLP consiga encontrar soluções para alguns problemas que a comunidade enfrenta, dos quais, a componente económica.
“Nos próximos tempos”, afirmou o Chefe do Governo São-tomense, “que são de retoma e resiliência as partes devem juntar as forças para suprir muitos problemas que a CPLP enfrenta”.
A CPLP, realiza à 17 deste mês, em Luanda, a conferência de Chefes de Estado e do Governo e que nesta reunião ao mais alto nível, prevê-se a passagem de liderança Cabo-verdiana para Angola e o Secretariado Executivo da organização, actualmente, com Portugal, será detido pela primeira vez por Timor-Leste.
Para o líder do Governo São-tomense que já se encontra em Luanda, não se trata de problemas novos, ao qual considerou“velhos problemas para os quais temos que juntar as forças para encontrarmos soluções para velhos problemas estruturais, mormente os de ponto de vista económico”.
E na óptica do Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe,que falava no Aeroporto Internacional de São Tomé e Príncipe, antes de seguir para Luanda,“a Presidência de Angola vai colocar acento tónico neste problema [económico]”.
Bom Jesus, que alimenta “muitas expectativas” nesta conferência da CPLP, além da Cimeira, agendou encontros bilaterais com alguns parceiros dos PALOP, ao qual se acresce alguns líderes presentes da CPLP.
Além de São Tomé e Príncipe que faz-se representar pelo seu Presidente da República, Evaristo Carvalho, Jorge Bom Jesus e Edite Tem Jua, ministra dos Negócios Estrangeiros, o Assessor Diplomático do Presidente da República, Urbino Botelho, o qual incluí Cabo Verde, Portugal, que estará também representado na mesma reunião pelo seu Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Primeiro-ministro e Augusto Santos e Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Bom Jesus, informou à imprensa igualmente que em Luanda vai discutir com autoridades angolanas algumas questões bilaterais e de interesse comuns, das quais apontou acerto respeitante a dívida externa resultante de fornecimento de petróleo a São Tomé e Príncipe.
Segundo este responsável, a luz dessa relação de consanguinidade, far-se-á igualmente ponto de situação sobre alguns investimentos angolanos no País e outras questões de concertação politico-dioplomática entre Luanda e São Tomé.
Na sub-região de África Central e no âmbito da comunidade dos PALOP, São Tomé, mantém uma cooperação bastante privilegiada com Luanda, ao qual, além de relações de consanguinidade contribui laços comuns alicerçadas na luta anti-colonial comuns contra o mesmo colonialismo, português.
De Luanda faz-se de avião, uma hora e 40 minutos para São Tomé, o qual permitiu a potência colonial colocar capturando muitos cidadãos angolanos como escravos na plantação e cultivo de cacau, café e cana-de-açúcar nestas Ilhas atlânticas de São Tomé e Príncipe.
E São Tomé, por seu turno, tem em Angola a sua maior Diáspora em África.
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