Por: Manuel Dênde, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 14 Jul. 2021 (STP-Press) – Autoridades de São Tomé e Príncipe assinaram hoje, na cidade de São Tomé, um acordo com a Universidade de Évora, de Portugal, que visa reabilitar o único Museu do País, construído no século 16.
Localizado na parte leste da cidade São Tomé e próximo do litoral e como tal, exposto ao desgaste das águas do mar e da erosão costeira, este imóvel que preserva uma parte da história de São Tomé e Príncipe encontra-se num estado avançado de degradação.
Da parte São-tomense, o tal acordo foi rubricado pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e da Comunicação Social, Wando Castro em substituição do ministro da Cultura, Aerton do Rosário, que se encontra por razões familiares inadiáveis, na cidade de Stº António (Ilha do Príncipe) de onde é natural.
E pela Universidade de Évora, de Portugal, parceira com a qual autoridades equacionam a tal reabilitação, o acordo foi assinado por Ana Costa Freitas, que afirmou que este arranjo será feito no âmbito de uma cooperação fundada em laços socioculturais entre Lisboa e São Tomé.
Consubstanciado numa história comum, disse Ana Freitas e ainda na ausência de financiamento, as partes vão trabalhar para se concretizar meios financeiros para uma obra que deve incidir na degradação, a qual vai-se salvaguardar, entre alas, todo património e espólio sócio cultural que marcam a história dos povos de Portugal e de São Tomé e Príncipe.
Wando Castro, assegurou que a reabilitação do edifício afigura-se indispensável tendo em conta a importância que o Governo São-tomense atribui ao rico património cultural do País.
O imóvel em causa, no período colonial e construído em 1545 pelos portugueses para defender a Ilha dos corsários Holandeses e Franceses, ao qual autoridades de então baptizaram-no de forte de São Sebastião, no pós Independência Nacional e localizado na Baía de Ana Chaves, em São Tomé, foi reconvertido em Museu Nacional do País.
É, de facto, um repositório da memória colectiva dos São-tomenses que se espalha por diversas salas dedicadas à história e cultura do País, desde a escravatura à Independência, passando pela agricultura e pela religião Católica.
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