Por: Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press  

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 09 Jul. 2021 (STP-Press) – O projecto de instalação de água potável para a cidade de Santana, Distrito de Cantagalo, na Ilha de São Tomé, regista actualmente vários obstáculos provocados por donos de algumas pequenas e médias empresas agrícolas, – denunciou hoje, em São Tomé, Celestino Andrade, Director-geral da EMAE, Empresa de Água e Electricidade do País. 

Este projecto, que, além da cidade de Santana, viabilizará água potável para a localidade de Água-Izé e Pinheira, é financiado em mais de sete milhões de dólares pelo BADEA, Banco Árabe de Desenvolvimento. 

Andrade, que falava a propósito à imprensa após uma audição do Conselho de Ministros do País, apontou que, desses obstáculos, destacam-se as interdições pelos donos de pequenas e médias empresas agrícolas de instalação de tubos e canos de água devido ausência de uma indemnização estatal que os mesmos reinvindicam. 

O Director-geral da EMAEA que considerou “tratar-se de um projecto estruturante”, acrescentou que o tal projecto terá uma capacidade para alimentar além daquela urbe, as localidades de Água-Izé e Pinheira. 

O projecto cuja a fase conclusiva já se adiou uma vez e que estava inicialmente apontado para 2020, adiou-se para 2021, mas, mesmo assim alerta Andrade, não é seguro porque “esses proprietários exigem-nos insistentemente uma indemnização para a qual entendem ser indispensável para se prosseguir com os trabalhos”. 

Este responsável que mostra-se bastante constrangido, assinalando que “a EMAE com o seu programa interno já elaborado de extensão de água e energia vê o seu programa comprometido porque há um obstáculo no meio disso tudo que é a indemnização…”. 

Afirmou no entanto que o Conselho de Ministros tomou a boa nota da situação, ao qual considera tratar-se de uma situação de interesse público onde cabe ao Estado intervir e resolver a questão de uma forma definitiva. 

Segundo ainda este responsável, regista-se uma situação idêntica na zona centro norte de São Tomé onde não se consegue encontrar terreno entre a Vila de Conde e a cidade de Guadalupe para fazer a água chegar às populações. 

“O Governo ficou sensibilizado, porque demos uma explicação muito concreta”, disse, concluindo que trata-se de projectos “estruturantes que não podem ficar adiados’’.

Fim/MD/LM

STP-Press 

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