Por: Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 05 Jul. 2021 (STP-Press) – MLSTP, partido, líder da Coligação que governa São Tomé e Príncipe, demarcou-se do projecto de plantio de cannabis (marijuana) em São Tomé e Príncipe, para fins medicinais.
Num comunicado divulgado, sábado último, e, citando a sua Comissão Política do dia dois de Julho, MLSTP, reprova o projecto e diz que “distância-se do projecto do Governo visando o plantio do cannabis no País para fins medicinais”.
“Sobre a propalada informação de plantio de cannabis em São Tomé e Príncipe, a Comissão Política do MLSTP decidiu distanciar-se deste processo, e exortou o Governo para que sejam feitos publicamente esclarecimentos sobre o assunto, tendo em conta a inexistência de legislação específica sobre esta matéria”, denuncia o comunicado daComissão Política do MLSTP.
No mesmo documento este partido que adianta que essa decisão resulta de uma reunião presidida pelo líder do partido e Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, justifica esse posicionamento pelo facto do País não dispor de uma Lei que autoriza o plantio de cannabis em São Tomé e Príncipe.
Assim, o partido dos “camaradas” exorta o Governo para explicar os contornos deste projecto ao público São-tomense.
A polémica adensou-se, nos últimos dias, quando o ex-presidente do MLSTP, Jorge Amado e candidato às Eleições Presidenciais de 18 de Julho denunciou a existência deste projecto, pontuando que viabilizou-se campos para o cultivo do cannabis em Monte Café (no Distrito de Mé-Zóchi) e norte da Ilha de São Tomé, concretamente, em Praia das Conchas.
No âmbito deste projecto, o ministro da Agricultura, Francisco Ramos, em entrevista a rádio digital, Somos Todos Primos, disse que a ideia é instalar esse projecto no País com propósitos medicinais, sustentando que trata-se de um projecto onde o País poderá auferir nos próximos cinco anos, 17 milhões de Euros e viabilizar-se-ia 400 postos de emprego.
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