Texto: Manuel Dendê ** Foto Arquivo: Lourenço da Silva
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 04 Jun. 2021 (STP-Press) – O líder da UGT, uma das centrais sindicais de São Tomé e Príncipe, Costa Carlos, anunciou que não concorda com a filosofia de reajuste salarial levado a cabo pelo Governo de País.
Costa Carlos, líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e que falava no termo de uma audiência com o Presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, explicou que a sua objecção tem a ver com o facto do reajuste pôr em causa o direito adquirido por um segmento de trabalhadores.
“A UGT está contra reajuste porque nenhum reajuste pode ser feito para o trabalhador perder rendimento”, alertou, na última sexta-feira na cidade de São Tomé.
Segundo ainda o Secretário-geral da UGT, “se advoga a luta contra pobreza então não é o Estado quem vem impingir a pobreza as pessoas”.
Audiência de Costa Carlos com Delfim Neves visou alertar o líder da Assembleia Nacional dessas objecções, explicá-lo o ponto de vista da UGT e a partir daí, este ser informado que o documento está em análise da comissão especializada dos assuntos económicos desta casa parlamentar do País.
A propósito do assunto, o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, que reconheceu não ser um projecto pacífico, reafirmou, há dias, na cidade de São Tomé que “trata-se de um compromisso assumido pelo Governo e como tal é um processo irreversível”.
No âmbito deste reajuste que deu entrada na Assembleia Nacional, há mais de dois meses, o Chefe de Estado terá como rendimento acrescido em dez vezes do salário de base na Função Pública, previsto nesse projecto.
Este projecto de reajuste salarial tem sido alvo de contestação de algumas classes sociais, o qual já levou a paralisação dos Magistrados Judiciais, Juízes e trabalhadores administrativos da Assembleia Nacional.
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