Texto: Ricardo Neto e Melba de Ceita ** Foto: Lourenço Silva
São-Tomé, 27 Marc 2021 ( STP-Press) – A OIT apoiou a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços-CCIAS na realização de seminário sobre a transição do informal para o formal, em várias sessões distritais de formação, envolvendo participantes de todos os distritos da ilha São-Tomé.
Tendo terminado sexta-feira, dia 23 em Guadalupe, envolvendo, participantes dos distritos de Lobata e Lembá, este seminário teve seu inicio terça-feira, no distrito de Agua-Grande, a capital são-tomense, com participantes locais, passando por Mezochi e Cantagalo, onde também se incluiu os intervenientes de Cauê, estando a ilha do Príncipe agendada para a segunda fase desta formação.
O Secretário-geral da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços-CCIAS, Mauro Silva, disse que “ o objectivo deste seminário é de incutir na cabeça das pessoas que na informatização, nós continuamos sempre pequenos, invisíveis a nível do governo, a nível do Estado e a nível de contribuição para o País”, tendo sublinhado que “queremos que as pessoas cresçam, tendo em conta os benefícios da formalização”
Mauro Silva disse que “nós ficamos com os contactos das pessoas e iremos à busca delas para passarmos informações, indo sensibilizá-las para se formalizarem e tornarem as suas empresas legais” diante das autoridades com todos os deveres e direitos.
Em representação da Organização Internacional de Trabalho, Lurdes Maria dos Santos disse que “ nós notamos que o interesse é grande e esta acção de formação superou as nossas expectativas”.
“ Há muita carência de informação, muita gente não sabe, quais são os benefícios da formalização”, disse a Representante da OIT, tendo sublinhado que “ à nós apraz-nos realizar este trabalho, porque, estamos a possibilitar a CCIAS facultar informações às empresas informais para se formalizarem”.
“Esta pandemia da Covid-19 provocou prejuízos enormes para a economia e as pessoas que ficaram mais afetadas são sobretudo, do sector informal, a própria OIT, através do Director Geral num balanço fez esta constatação”, disse Lurdes Maria citando que no âmbito da ajuda do Estado face a Covid-19 “são as pessoas formalizadas é que beneficiaram, algumas pessoas do sector informal vieram a beneficiar depois.”
Um das participantes, Lolita de Sousa, uma proprietária informal de uma microempresa são-tomense disse que “pelos vistos, há muitas desvantagens quando não temos uma empresa formalizada e Câmara vai nos encorajar para que passamos ser reconhecidos pelo Estado e assim podermos também beneficiar de alguns direitos como créditos bancários, carteira de trabalho, benefícios de assistência social, entre outros.”
Fim/RN