Texto: Manuel Dênde ** Foto: Lourenço da Silva
São Tomé (São Tomé e Príncipe) 15 Abr. 2021 (STP-Press) – O Líder da Bancada Parlamentar do MLSTP, Danilio Santos, denunciou hoje, em São Tomé, o envolvimento de um Deputado, sem apontar o nome, como cúmplice na crise cíclica de combustíveis que se vive na Região Autónoma do Príncipe.
“A crise de combustível é evidente, hoje, na Ilha do Príncipe mas, o que não se discute é o açambarcamento deste produto”, questionou Danilo Santos.
Segundo este Deputado do Partido no Poder, o açambarcamento é promovido por um Deputado, cujo nome não revelou, mas afirmou que o mesmo “guarda ou reserva vários bidões e litros de combustíveis para depois vender a preço especulativo, pois, interessa é ganhar dinheiro sacrificando o Povo”.
Danilo Santos pede as autoridades da Ilha para serem mais acutilantes a fim de denunciarem esses especuladores e tomarem medidas mais apropriadas.
“O Governo Regional deve ser mais acutilante em verificar e denunciar essas situações de especulação de preços dos combustíveis”,apelou o Deputado Santos.
Ao mesmo tempo que o Deputado criticou pessoas que reservam combustíveis em residências inapropriadas e privadas correndo sérios riscos de incêndio, Danilo Santos mostrou-se bastante decepcionado e “estranho” com desaparecimento de avultadas quantidades de combustíveis enviados para a Ilha do Príncipe há duas semanas.
Segundo ainda este político, a problemática dos combustíveis na Ilha já estará resolvida nas próximas horas porque uma embarcação está a caminho do Príncipe com diversos combustíveis, para os devidos efeitos.
De acordo com Danilo Santos, que cita informações do Governo da República, a crise periódica dos combustíveis que afecta a Ilha do Príncipe pode vir a ser resolvido a médio prazo, uma vez que autoridades agendaram para médio prazo a construção de um depósito para armazenamento destes combustíveis nessa parcela de São Tomé e Príncipe.
Salienta-se ainda que, António Barros, também da Bancada do MLSTP, eleito e residente na Região Autónoma do Príncipe foi quem levantou a questão de escassez de combustível nesta parcela do território nacional.
Na sua óptica, trata-se de um assunto ao qual “o Governo São-tomense não tem responsabilidade”, mas advertiu que, “tem o dever de resolver”.
Denunciou que devido a procura do produto, hoje vende-se o combustível a preço especulativo três vezes mais do seu preço normal ou seja 100 Dobras, quando na Ilha de São Tomé o preço oficial é de 25 Dobras/litro de gasolina.
Reunida em Plenária e transmitida em directo pela Rádio Nacional pública do País, Assembleia Nacional discutiu também a Lei contra furtos em parcelas de terra assim como o novo Código Penal.
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