Por Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 10 Abr. 2021 (STP-Press) – Um vendaval que ocorreu na madrugada de sexta-feira, nas Ilhas de São Tomé e Príncipe provocou a destruição de dezenas de residências, deixando mais de uma centena de pessoas em situação de extrema precaridade e avultados danos materiais.
Fontes dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros citadas pela Rádio Nacional local, disseram que várias casas em algumas zonas do litoral, nomeadamente, nas Praias Gambôa, Cruz e Loxinga foram destruídas sem no entanto causar vítimas humanas.
O vendaval com uma velocidade de 107 km/h, de acordo com os Serviços de Meteorologia, “só registada há uma década nas Ilhas São-Tomenses”, causou a destruição e/ou derrube de casas em diversas regiões do País, destacando-se as “casas comboio” conexas na ex-dependência de Boa Esperança, da extinta empresa “Agostinho Neto”, onde pelo menos uma pessoa ficou bastante ferida e segundo António Borges, residente local, “é que com esse derrube de casas há pessoas a viverem ao relento ou acolhidas por pessoas vizinhas”.
“Eu quero pedir apoio a quem de direito, pois, a minha casa foi derrubada por trovoada e sinceramente eu não tenho agora por onde viver e mesmo essa noite não sei aonde vou dormir”, tratava-se de Ana Lourenço, uma vítima num grito de desespero implorava as autoridades centrais que viabilizassem medidas de apoio com vista a mitigar o sofrimento de pessoas vítimas desta intempérie.
A ex-dependência Boa Esperança situa-se a oeste da ex-sede da extinta empresa agro-pecuária Agostinho Neto, mais de cinco km e bastante rica na produção do cultivo de cacau e outras culturas agrícolas.
No Aeroporto Internacional de São Tomé e Príncipe a fúria do vento fez voar uma tenda (em fase de montagem), para triagem de passageiros, no âmbito de medidas adicionais anti-Covid-19 e para descongestionamento de passageiros.
Se é verdade que em algumas artérias da cidade de São Tomé, registou-se alguma fluidez na evacuação de águas, a qual traduz a funcionalidade de esgotos, alguns lençóis e concentração de água causam perturbações inadvertidas, nomeadamente, aos transeuntes citadinos que procuram nos seus afazeres, lojas, supermercados e Igrejas.
Danos materiais não só se registaram em São Tomé como na Ilha do Príncipe, com mais de sete mil habitantes.
Segundo ainda a emissora estatal citando Rodrigues Cassandra, Assessor do Governo da Ilha, a ventania fustigou de forma inusitada algumas localidades.
Uma fonte disse ainda a STP-Press que não se registou vítimas humanas por electrocussão devido ao facto da EMAE (Empresa de Água e Electricidade), que mal produziu-se o vendaval suspendeu o fornecimento de energia eléctrica em diversas localidades da Ilha de São Tomé.
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