Por Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 21 Mar. 2021 (STP-Press) – O Conselho Nacional do MLSTP acaba de eleger, Guilherme Pósser da Costa, seu candidato para as Eleições Presidenciais do mês de Julho em São Tomé e Príncipe.
Reunido, sábado último, no Auditório do Palácio dos Congressos, na cidade de São Tomé, capital do arquipélago São-tomense, os mais de 200 Conselheiros, numa disputa entre Elsa Pinto, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, Jorge Amado, antigo líder deste partido e antigo ministro da Agricultura, Guilherme Pósser da Costa acabou por reunir, através de escrutínio secreto, 236 votos, contra 14 de Elsa Pinto ao passo que Jorge Amado ficou com 15, Maria das Neves, 17 e Victor Monteiro, dois.
Dos seus 600 membros e por imposição do Covid-19, reduziu-se o número destes membros para 50%, mas, não deixou de produzir um debate bastante aceso com diversas correntes presentes na sala.
Dos outros pré-candidatos que pediram apoio político ao MLSTP, dos quais Maria das Neves e Victor Monteiro não se fizeram presentes na reunião, facto que contribuiu para reduzir as suas “chances” de virem a ser eleitos como candidatos do Partido histórico, ao pleito que se prevê para Julho deste ano.
“Eu caso merecer a vossa confiança para me tornar candidato às Eleições [Presidenciais/2021] com apoio político do meu MLSTP e vir a ser eleito Chefe de Estado, nunca farei o papel de estar apenas sentado na cadeira presidencial”, afirmou Pósser da Costa, para depois sublinhar que “vou pautar pela estabilidade, promoção da democracia participativa e procurar consenso e apoiar o Governo da República para alavancarmos de uma vez por todas essa Nação [São-tomense] que precisa de todos os seus filhos dentro e fora do País”.
Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP afirmara quando fazia o seu discurso de abertura deste Conselho Nacional, que “o MLSTP como Partido histórico e pai desta Nação, deve oferecer aos São-tomenses um dos seus melhores filhos para assumir a alta magistratura da Nação, onde todos nós encontraremos a paz social, bem-estar e um futuro risonho para todos os São-tomenses aqui no País como na Diáspora”.
“E deste púlpito, quero fazer apelo a todos os militantes, amigos e simpatizantes do MLSTP no País e no exterior do País para apoiarem o
candidato eleito pelo nosso partido para estas Eleições Presidenciais, pois, trata-se de um processo digno de cidadania, onde o MLSTP dará mais uma vez uma grande lição ao País e ao Mundo no exercício da Democracia”, apelou Jorge Bom Jesus.
Com a eleição de Guilherme Pósser da Costa que exerceu diferentes cargos políticos no País, dos quais Primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, fica fechada as disputas internas no seio do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, destes que pediram oficialmente apoio político ao seu Partido para o pleito.
Assim, a única “chance” que restará as outras figuras com as mesmas aspirações presidenciais, será avançar como independentes a luz da Lei Constitucional, a qual Elsa Pinto não descarta conforme afirmou na apresentação de sua candidatura diante dos Conselheiros.
E a hipótese dos tais candidatos ultrapassados por Pósser da Costa, e outros que jogam a margem deste processo electivo em avançar como independentes, ignorando uma eventual sanção interna no interior do Partido afigura-se bastante provável.
Jorge Amado, Maria das Neves e Victor Monteiro que pertencem a mesma “Família Política” ainda não se pronunciaram sobre a hipótese em avançar sem apoio do Partido, do qual são membros da principal estrutura do Partido dos “camaradas” e que foi criado à 12 de Julho de 1972 e que conduziu a luta anti-colonial visando a Independência de São Tomé e Príncipe de Portugal à 12 de Julho de 1975.
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