São-Tomé, 16 Fev. 2021 ( STP-Press ) – O navio patrulha Zaire, da Marinha Portuguesa, em missão de fiscalização conjunta e de capacitação operacional marítima da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, esteve empenhado em várias ações contra a pirataria na Zona Económica Exclusiva deste país, no período de 07 a 13 de fevereiro.
No dia 07 de fevereiro, a pedido da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, o NRP Zaire foi ativado para prestar auxílio ao navio mercante “Sea Phantom” que estava a ser alvo de um ataque de pirataria, a cerca de 120 km a nordeste da ilha do Príncipe.
Dos 19 tripulantes do navio mercante “Sea Phantom”, 14 conseguiram entrar na cidadela e bloquearam as máquinas e o leme para seguirem rumo aos Camarões a cerca de 10 nós de velocidade, tendo por isso entrado em águas territoriais desse país e informado que se encontravam seguros quando o NRP Zaire se encontrava no seu encalce.
No dia 08 de manhã, o NRP Zaire recebeu informação de novos ataques em curso, a dois navios mercantes, numa posição cerca de 100 km a sudeste da ilha de São Tomé (navios “Seaking” e “Madrid Spirit”), tendo-se dirigido imediatamente para o local.
Após definição de uma área de risco de ataques, o navio iniciou patrulha, por forma a garantir a segurança da navegação, e dissuadir os ataques dos piratas, até que no dia 09 de fevereiro, realizou o acompanhamento do navio mercante “African River”, que atravessou essa área e se encontrava em trânsito para o porto de Port Gentil no Gabão.
No dia 10 de fevereiro, o NRP Zaire prestou auxílio ao navio mercante “Maria E”, que tinha sofrido um ataque na véspera, e cuja tripulação se encontrava refugiada na cidadela do navio. O “Maria E” foi acompanhado pelo patrulha Zaire durante mais de 13h e 250 km até efetuar a passagem do navio em segurança à Fragata da República da Guiné Equatorial, Wele-Nzas (F073), país para o qual o navio mercante se dirigia (ilha de Bioko).
No dia 11 de fevereiro, o NRP Zaire detetou e acompanhou a embarcação de pesca “Lian Peng Yu 809” até entrar nas águas territoriais do Gabão. A embarcação foi inspecionada pelas Autoridades gabonesas, que comunicaram que esta foi alvo de um ataque de piratas que raptaram 10 dos seus 14 tripulantes.
No dia 12 de fevereiro, o navio português continuou a sua patrulha, tendo regressado na manhã do dia seguinte à baía Ana Chaves.
O navio português, atualmente operado por uma guarnição mista, constituída por militares portugueses e santomenses, prossegue a sua missão de Fiscalização Conjunta e de Capacitação Operacional Marítima da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, ilustrando a importância da cooperação bilateral entre estes dois países lusófonos, contribuindo, através de um esforço conjunto, para a segurança na região.
Fim/RN/Fonte embaixada de Portugal