Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 14 Dez 2021 ( STP-Press) – A Assembleia Nacional, (Parlamento), de São-Tomé e Príncipe acaba de aprovar, na final global, o Orçamento Geral do Estado, OGE, de 166 milhões de dólares para ano económico de 2021, com 30 votos favoráveis da maioria parlamentar no poder numa sessão marcada por abandono de alguns deputados do partido ADI da oposição.

O documento foi aprovado já na caída da noite com 30 votos, sendo 23 do MLSTP-PSD, 5 da Coligação PCD-MDFM-UDD e mais 2 do Movimento Cauê, com 22 votos contra do partido ADI na oposição cuja maioria de deputados abandou a sala já perto do fim da sessão, enquanto um outro deputado desse partido, Levy Nazaré absteve.

Nas suas declarações finais, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus disse “há um plano de retoma económica” face a pandemia da Covid-19, tendo sublinhado que “vamos começar a injetar financiamento, crédito no sector privado para reanimar o tecido empresarial nacional”

Além de ter defendido a “atração de investimento directo estrangeiro, adoção de política para criação de emprego, empreendedorismo jovem e autoemprego”, Jorge Bom Jesus anunciou ainda a “continuidade de medidas de mitigação face a pandemia Covid-19 no âmbito de combate a pobreza”

Tendo declarado a “implementação de alguns projectos estruturantes, nomeadamente, estrada, aeroporto, energias renováveis, tecnologia de informação e comunicação”, Bom Jesus destacou a necessidade, macroeconómica de “redução das despesas e públicas” bem como outras ações de contenção face “aos compromissos assumidos com o FMI”.

O líder da bancada parlamentar da Coligação PCD-MDFM-UDD no poder, o deputado Danilson Coutu decidiu “felicitar o povo de São Tomé e Príncipe pelo orçamento aprovado” tendo por outro lado manifestado “estranheza face ao voto contra do partido ADI”.

Justificando o voto contra do seu partido, o líder da bancada parlamentar do ADI, Abnildo d’Oliveira lamentou a ausência de “um plano de recuperação económica” face ao “período excecional da pandemia da Covid-19”, tendo sublinhado que “o governo deveria apresentar a prioridade das prioridades”, argumentando ainda que documento não projecta acções para a criação de “postos de emprego” nem planos para suavizar o “custo de vida” da população.

Fim/RN

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