Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 31 Dez 2020 ( STP-Press) – O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho hoje em mensagem por ocasião do Ano Novo declarou que “ 2021 será um ano eleitoral” no arquipélago, tendo exortado que “saibamos ser bons adversários políticos e não inimigos uns dos outros”.
“2021 será um ano eleitoral. Saibamos ser bons adversários políticos e não inimigos uns dos outros” disse Evaristo Carvalho, sublinhado que “continuo firmemente convencido de que o País precisa de um entendimento político nacional, para que o Poder possa empreender as grandes reformas necessárias, com a participação da oposição e envolvimento da sociedade civil, na busca de soluções para os grandes problemas nacionais”.
“Tenho fé no futuro do nosso país. Juntos enfrentamos o Paludismo e outras epidemias. Juntos enfrentamos a Pandemia de covid-19. Juntos poderemos enfrentar a pobreza e o subdesenvolvimento. Concentremos as nossas energias na transformação e modernização do nosso país, na Unidade, Disciplina e Trabalho” adiantou o chefe de Estado são-tomense.
Carvalho disse que “procurarei usar a minha magistratura de influência junto das autoridades competentes, a fim de se garantir a todos resultados duráveis à volta dos seguintes aspetos de índole social: proporcionar às populações os cuidados primários de saúde; reforçar as condições de acesso e de permanência na escola da criança em idade escolar; e melhorar a qualidade de ensino; favorecer o acesso das populações à água potável, à energia e aos bens de consumo; facilitar o aceso dos jovens e das mulheres a rendimentos e a emprego durável”.
Tendo declarado que “olhar para a Diáspora com mais atenção e determinação é um dever que se impõe às entidades competentes do Estado”, Evaristo Carvalho sustentou que “não basta ficar na retórica de que vamos dar atenção aos nossos concidadãos que residem no estrangeiro. Necessitamos de formular e implementar programas concretos de incentivo aos mesmos. Incentivá-los a participar no desenvolvimento do País, através de investimentos, ou de outra forma”.
O Presidente da República adiantou que “de igual modo, necessitamos de criar motivações adequadas ao regresso ou à participação de quadros santomenses no estrangeiro, como contributo fundamental para impulsionar o desenvolvimento da Nação”.
Para o Chefe de Estado são-tomense “os santomenses da Diáspora envolveram-se ativamente no combate à Pandemia em 2020. Procuremos aproveitar essa demonstração de amor à Pátria, esboçando em 2021 um programa dedicado aos mesmos. Encorajo o Governo e demais autoridades a olhar nessa direção”.
Tendo declarado que “o sector da Justiça, que foi objeto de avaliação e preparação de um programa de modernização em 2020, com o apoio das Nações Unidas, poderá iniciar a execução do mesmo no ano”, Evaristo Carvalho disse que “vamos esperar que os agentes da Justiça estejam à altura das mudanças preconizadas no referido programa”.
Presidente da República considera que “a economia, seriamente abalada pela Pandemia, tem que passar em 2021 por um processo de reorganização e dinamização, a fim de vermos aumentada a riqueza nacional, tendo em conta a grande perda sofrida em 2020”.
“Porém, não estaria longe da verdade se dissesse que a Pandemia de covid-19, que assolou o Mundo, e o nosso país em particular, neste 2020 que se despede, foi o acontecimento mais crítico na história de S. Tomé e Príncipe, desde 12 de julho de 1975. Marcou o ano, a saúde e a economia, de forma severa”, disse Evaristo Carvalho, tendo exclamado que “ como foi duro o ano 2020!”.
Tendo declarado que “ 2020 foi, portanto, um ano de grandes desafios. Um ano muito difícil para todos”, o presidente Evaristo Carvalho adiantou que “mas não concordo com a ideia de que 2020 foi um ano para esquecer. Foi um ano duro, é certo, mas um ano de ensinamentos e de descobertas”.
Além de considerar 2020 de um ano de ensinamentos e de descobertas face a pandemia, Carvalho sublinhou que “não podemos cruzar os braços a pensar que já estamos livre da Covid-19. Continuemos a observar as medidas de proteção individual e de distanciamento social. E façamos chegar vacinas às camadas da população consideradas prioritárias”.
Tendo reconhecido que a Nação santomense precisa hoje de espírito de solidariedade entre todas as camadas da população, residente e na diáspora, Carvalho argumentou que “se para atender à Pandemia, conseguiu-se uma mobilização social dessa envergadura, é igualmente dela que precisamos para resgatar a economia e relançar o desenvolvimento. Há que manter a mobilização, tanto das diversas camadas sociais da população, como dos nossos parceiros internacionais…”.
“O País contou, igualmente, com grande solidariedade por parte da Comunidade Internacional. Gostaria, por isso, de exprimir o nosso profundo reconhecimento ao Brasil, China, Cuba, Gabão, Gana, Guiné-Equatorial, Portugal, ao Banco Africano de Desenvolvimento, ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional, às Nações Unidas, em particular a OMS e a UNICEF, à União Europeia e ao empresário Chinês, o Senhor Jack Ma, da Fundação Ali Babá”- sublinhou
Além de ter defendido a necessidade urgente e inadiável de “uma unidade sanitária de referência moderna na Capital”, Evaristo Carvalho acrescentou que “devemos dar passos concretos no ano que se inicia, com vista a restaurar a autoridade do Estado, reformar a Administração Pública, e aproximá-la dos nossos compatriotas que vivem em localidades mais distantes da capital do País”.
Tendo considerado que “as mensagens do Ano Novo constituem uma ocasião para avaliar o caminho percorrido no ano que finda e partilhar as esperanças para o ano que começa”, o presidente Evaristo Carvalho disse que “é com esta nota de esperança que gostaria de desejar, calorosamente, a todos os compatriotas e aos cidadãos estrangeiros residentes nas nossas belas ilhas, um excelente ano 2021. Feliz ano novo a todos”.
Fim/RN