Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São Tomé, 17 Dez. 2020 ( STP-Press ) – O jornalista são-tomense, Jerónimo Moniz, residente em Portugal reagiu hoje a uma queixa-crime apresentada ao Ministério Público pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid e o Presidente do Tribunal Constitucional, Pascoal Daio, acusando-o de alegada injúria e difamação através de perfis falsos na rede social Facebook.

Em nota de esclarecimento e de direito de resposta enviada esta manhã a STP-Press, Jerónimo Moniz diz que “durante cerca de 30 anos de trabalho efetivo como jornalista tenho pautado a minha conduta pelo respeito, ética e responsabilidade no dever de informar e ser informado. Nunca fui alvo de qualquer queixa-crime em relação aos trabalhos que tenho feito e apresentado neste percurso. Apenas tenho sido vítima de ataques reles, vindo de pessoas que não sabem conviver com a liberdade de opinião, de imprensa e com o contraditório”.

“Tal como relembrado por meu colega de trabalho, igualmente vítima desta cabala e manifesta tentativa de intimidação, “em direito, quem alega um facto, deve fazer prova do mesmo”. Faço igualmente enfâses, que a denúncia caluniosa e invasão de privacidade é crime, punível nos termos da Lei”- argumentou Jerónimo Moniz citando Nilton Medeiros.

Moniz explicou ainda que “no exercício da minha profissão de jornalista tenho mantido contacto com diversas fontes de informação em vários países. Com o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação este contacto tem sido feito maioritariamente através do envio de e-mails e de mensagens via redes sociais. Neste contexto, nos últimos anos tenho mantido contactos com o Sr. Nelson Aguiar, no âmbito da minha profissão. Em relação as mensagens trocadas com o mesmo, estarei disponível para as apresentar em fórum próprio sem qualquer tipo de temor, salvaguardando, como é obvio e ético na minha profissão, o direito de proteção das fontes e de reserva à vida privada de cada um, enquanto direitos fundamentais plasmados na Constituição da República de São Tomé e Príncipe”.

Tendo considerado que esta queixa-crime “visa unicamente intimidar e descredibilizar” por causa das suas “reportagens de investigação divulgadas por Observatório Transparência STP”, Jerónimo Moniz acrescentou que “também aproveito para, desde já denunciar, é o receio da divulgação dos resultados de um documentário de investigação, sobre o caso ROSEMA, que como todos sabem, está intrinsecamente ligado ao caso dos envelopes no Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Príncipe…”.

“Todavia, enquanto jornalista e no respeito pelo código deontológico, irei continuar a manter os contactos com as fontes de informação, no âmbito da minha profissão e a participar como cidadão livre, de forma oficial, aberta, com todo o rigor e isenção, em todos os projetos que visam contribuir para um São Tomé e Príncipe mais livre, justo e democrático”, concluiu o jornalista.

Fim/RN

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