Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 24 Nov. 2020 ( STP-Press ) – As cerimonias fúnebres do antigo, Presidente do Parlamento são-tomense, Alcino Pinto, decorreram hoje, tendo o funeral sido realizado esta tarde no cemitério de Alto São João num cenário de dor e consternação entre centenas de pessoas, designadamente, familiares, amigos, entidades nacionais e estrageiras que deram o último adeus ao conceituado dirigente do MLSTP-PSD, no poder.
As exéquias iniciaram logo pela manhã por volta das 9:30 com a urna a ser transladada da sua residência para o Palácio do Parlamento, onde realizou-se o acto de homenagem oficial do Estado na presença dos familiares e entidades públicas do País com notas de pesares seguidas do acto de assinatura do livro de condolências.
De seguida, o cortejo fúnebre rumou-se a sede do partido MLSTP-PSD, onde foi homenageado com várias intervenções de honra e reconhecimento por partes de várias entidades e organizações do partido socias democratas.
O último acto aconteceu no cemitério de São João de Vargem, onde, o corpo do malogrado Presidente foi levado a enterrar, diante de muitas lagrimas e dores, sobretudo, a família, a esposa agora viúva, Elsa Pinto, Vice-Presidente do MLSTP-PSD e ex-ministra dos Negócios Estrangeiros que discursou no acto.
O líder do MLSTP-PSP, Jorge Bom Jesus considerou a morte de Alcino Pinto uma perda irreparável e quase insubstituível, sublinhando que “qualquer treinador terá sempre dificuldades de substituir um jogador que joga em qualquer posição e em qualquer terreno”, – disse Bom Jesus, no seu discurso na sede do partido no adeus ao malogrado.
Já o presidente honorário do MLSTP-PSD, Manuel Pinto da Costa, ex-Presidente da República disse que “ o importante é que o desaparecimento físico de Alcino Pinto dê-nos consciência suficiente que todos nós temos a obrigação de fazer com que este País saía da situação difícil em que se encontra”.
Nas intervenções da casa parlamentar, o Presidente do Parlamento, Delfim Neves qualificou o malogrado como “ um dos personagens mais populares do cenário político são-tomense”, tendo declarado que “ Alcino não morreu. Ficará sempre entre nós e, temos a firme certeza que a sua alma descansará em paz”.
O líder da bancada parlamentar do MLSTP-PSD, Amaro Coutú, disse que o malogrado “ foi um verdadeiro democrata” bem como “ um companheiro, camarada e compatriota”, tendo declarado que “ descansa em paz, meu caro Alcino”.
Arlindo Carvalho da Coligação PCD-MDFM-UDD, disse que “talvez o tempo traga serenidade para entender, mas a dor e a saudade que a sua partida provoca nem o tempo a de curar”, sublinhando que “ ficará a lembrança para contar como foi a nossa história, a nossa luta e restam saudades para lembrar a falta que você fará”.
O deputado do partido ADI, Alexandre Guadalupe considerou Alcino Pinto um político “ tolerante, congregador, apesar das divergências”, tendo acrescentado que “ foi com profunda consternação que o grupo parlamentar do ADI tomou conhecimento do passamento físico de Alcino Pinto”.
Dentre entidades estrangeiras que participaram nas exéquias, destaque para o Vice-Presidente de Angola, Bornito de Sousa que marcou presença nos actos fúnebres de Alcino Pinto, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
O Vice-Presidente da Angola, Bornito de Sousa de 67 anos idade foi colega político e amigo pessoal do malogrado Presidente do Parlamento são-tomense, Alcino Pinto que faleceu aos 64 anos de idade, tendo ambos sido líderes da organização da juventude dos seus respectivos partidos, designadamente, do JMLSTP (são-tomense) e do JMPLA (angolano) tendo ainda exercidos por largos anos as funções de lideres das bancadas parlamentares dos supracitados partidos.
Fim/RN