Texto: Manuel Dênde ** Foto: Lourenço da Silva

São Tomé, 23 de Nov. 2020 (STP-Press) – Autoridades de São Tomé e Príncipe advogam a necessidade de se dar mais atenção às Línguas Nacionais, hoje sufocadas pela Língua Portuguesa. 

O ministro da Cultura, Aérton do Rosário, que falava há 72 horas num Fórum de promoção de Línguas Nacionais de São Tomé e Príncipe, afirmou que há necessidade de fazer-se “alguma coisa para se proteger e salvaguardar Línguas Nacionais de São Tomé e Príncipe”.

O governante que falava à Imprensa após uma conferência de Caustrino Alcantâra sobre Línguas Nacionais, na Casa da Cultura, defendeu, sexta-feira última, que impõe-se alguma urgência em promover acções visando a protecção das Línguas Nacionais que vêem-se sufocadas pela Língua Portuguesa. 

Das Línguas Nacionais apontadas, pontuou nomeadamente Santomé (falada maioritariamente na Ilha de São Tomé), Linguié (falada na Ilha de Príncipe) e N’golá, falada na zona do litoral dos extremos Sul e Norte da Ilha de São Tomé. 

O palestrante sugere a necessidade diante de várias entidades da cultura local, das quais o ministro do Turismo e Cultura e do Director-geral da Cultura, de “fazer-se alguma coisa para promover, conservar e expandir Línguas Nacionais diante de Língua Portuguesa já bem enraizada em São Tomé e Príncipe”. 

Aérton do Rosário acredita que o uso de Línguas Nacionais nas escolas, as quais poder- se-ia definir níveis escolares poderia ser bastante útil para a promoção de Línguas Nacionais. 

Por sua vez, o poeta e escritor Francisco Costa Alegre presente no certame e que vai no mesmo diapasão, acredita que “um povo que não se identifica com a sua própria cultura estará condenada a morte”. 

Fim/MD/LM 

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