Por: Manuel Dênde, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé, 10 Nov. 2020 (STP-Press) – Autoridades sanitárias São-tomenses acabam de dar início a mais uma campanha de luta anti palúdica em São Tomé e Príncipe, – informou hoje, em São Tomé, uma fonte afecta ao projecto que visa a eliminação de paludismo no País até 2025.
A pulverização com produtos químicos, é efectuada periodicamente no País com vista a eliminação de mosquitos, principais causadores da doença de paludismo que nos anos 80 provocou a morte de várias centenas de pessoas no País.
Segundo Dionísio Amado, da ONG Zatona-Adil, que falava à Imprensa, o início deste 18º ciclo de campanha anti palúdica vai durar 55 dias, tendo iniciado na última segunda-feira em alguns Bairros dos Distritos de Água Grande onde se localiza a capital do País) e Lembá no extremo norte da Ilha de São Tomé.
De acordo ainda com Amado, no Distrito de Água Grande, a campanha que comporta a pulverização intra-domiciliária incide nomeadamente no Bairro do Riboque da cidade de São Tomé e na cidade de Neves, capital do Distrito de Lembá.
Durante essa campanha de pulverização, autoridades propõem pulverizar diariamente 500 casas em operações que comportam 90 pessoas em diversas equipas.
Citando a Delegada de Saúde de Água Grande, Amado disse que o início no Bairro do Riboque da capital justifica-se “porque esta localidade é um dos Bairros onde se regista vários casos de paludismo no Distrito de Água Grande”.
Sabe-se, igualmente, que localidades como Bairro da Liberdade, no norte de Cruz Cútu, no extremo sul de Água Grande, são principais focos de paludismo.
A nível nacional, além de Água Grande, Lembá, Mé-Zóchi, Caué e Lobata constituem outras áreas de prevalência da doença de paludismo.
E em contrapartida, há sinais de melhoria na Região Autónoma do Príncipe onde se regista poucos casos da doença de paludismo em São Tomé e Príncipe.
Este projecto de luta anti palúdica é financiado por parceiros internacionais, dos quais a OMS e Fundo Global, que anunciou em Janeiro último um envelope financeiro de 11,6 milhões de Euros para subsidiar programas de combate ao paludismo, HIV-Sida e tuberculose no período 2021 a 2023.
Fim/MD