Por: Ricardo Neto, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 30 Set 2020 ( STP-Press )  – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus presidiu, esta manhã, a cerimonia do 45º aniversário, do dia da Nacionalização das Roças, a assinalar-se hoje 30 de Setembro, feriado nacional, tendo defendido a retoma do processo de exportação de produtos agrícolas são-tomenses para os países desta sub-região africana.

Durante o seu discurso, esta manhã na Roça Colonia Açoriana, distrito de Cauê, onde decorreu o acto, Jorge Bom Jesus que defendeu uma agricultura virada também para exportação sublinhou que “há décadas atrás levávamos a nossa matabala para Gabão e de lá trazíamos Franco CFA, trazíamos outros produtos de que precisávamos. Este processo tem de ser retomado”.

“Este 30 de Setembro tem que ser um momento de viragem e a Covid-19 mostrou-nos que são-tomense tem capacidade” disse primeiro-ministro acrescentando que “a nossa pobreza não é culpa da natureza, nós é que estamos a chamar pobreza para aqui, temos de virar isto…”.

Tendo declarado que “este País tem potencialidade, este País tem oportunidade” o chefe do governo concluiu que “só falta-nos colocar a mão na terra”.

Por ter iniciado a cerimonia com o acto de plantio de matabaleiras num  lote da Roça Colonia Açoriana, Jorge Bom Jesus argumentou que “hoje começamos precisamente com a mão na terra para darmos exemplo, sobretudo, aos mais novos”.

“Deus colocou tudo aqui, temos que virar isto a partir de hoje”, disse para depois sustentar que “ nós é que temos de assumir as rédeas da aquilo que queremos hoje, daquilo que queremos amanhã …”.

Quanto ao significado da efeméride, Jorge Bom Jesus disse que “ 30 Setembro é uma data histórica é uma data política e sobretudo, económica”

Além de ter considerado que “depois de 12 de Julho de 1975, 30 de Setembro é a segunda data mais importante deste País”, Bom Jesus disse que “ 90 % da terra estava nas mãos dos colonos e não é possível uma verdadeira independência política sem independência economia e, foi de facto o primeiro passo que República deu…”.

Fim/RN

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