Por: Leonel Mendes, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé, 16 de Set. 2020 (STP-Press) – Ex-Presidente do Conselho de Administração da AGER (Autoridade Geral de Regulação), Cândido Frota, disse esta terça-feira, em audiência na 2ª Comissão Especializada da Assembleia Nacional, que “temos algumas informações pouco comprometedoras” acerca dos negócios que envolvem a CST (Compainha São-tomense das Telecomunicações) com empresas localizadas em paraísos fiscais para utilização do código nacional 239 em negócios que prejudicam o País financeiramente e também a sua imagem internacional.
Cândido Frota que exerceu tais funções na AGER de Abril de 2017 a Dezembro de 2018, respondeu a uma convocação da 2ª Comissão Especializada da Assembleia Nacional para prestar informações acerca das acusações proferidas recentemente pelo Advogado Hamilton Vaz, de que a CST efetuou negócios com empresas internacionais, sedeadas em paraísos fiscais, utilizando o código de São Tomé e Príncipe 239 em chamadas de “sexy line”, prejudicando o País em cerca de “Cinco Milhões de Euros mensal e de ser uma chacota no mundo”.
Para o ex-responsável da AGER, esse valor pode ser muito superior a Cinco Milhões de Euros, considerando que essa questão ainda “tem que ser investigada, solicitando informações a CST, dos tráfegos dos seus serviços de valor acrescentado no âmbito do período dos contratos que apresentou e ver se correspondem a verdade ou não”.
No entanto deixa a responsabilidade de investigação ao Estado São-tomense “que tem que determinar se pode seguir esse processo adiante ou não”, garantindo que prestou apenas algumas informações de que dispunha.
Cândido Frota informou que quando esteve na Administração da AGER, ela assinou um contrato com a Organização Internacional das Telecomunicações e uma empresa com sede em Suíça no sentido de dar “um primeiro passo para poder eliminar esse serviço fraudulento de muitas operadoras internacionais com o nosso código 239 e alguns números do nosso plano numeração”.
“Temos que investigar isso mais”, disse ainda Cândido Frota, esperançoso que o Governo faça investigação para “apurarmos a veracidade desse facto”.
Neste mesmo dia a 2ª Comissão Especializada da Assembleia Nacional também ouviu o ex-Director Técnico da AGER, Artur Trindade, acerca do assunto em causa.
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