Texto: Manuel Dendê ** Foto: Lourenço Silva e Cristiano Dondo

Cidade de Stº António (São Tomé e Príncipe) -Partidos da Oposição na Assembleia Legislativa na Região Autónoma do Príncipe (RAP), acusaram autoridades regionais de praticarem abusos do poder e actos de corrupção nesta parcela de São Tomé e Príncipe.

António Barros, Líder do MLSTP local, denunciou que a Directora do Ambiente do Governo da Ilha furou, à 20 de Junho último, medidas de quarentena decretadas pelas autoridades nacionais do País.

“Esperemos que esta Directora que veio de Lisboa e foi directamente para casa, não esteja afectada e vir a afectar elementos da população local”, afiançou, Barros que falava no âmbito de uma Conferência de Imprensa na cidade de Stº António.

Barros, Secretário Regional do MLSTP denunciou também que antigos Deputados da Assembleia Legislativa e porque não foram reeleitos em 2018, não receberam seus anteriores salários a que têm direitos.

Segundo ainda este dirigente, Assembleia Legislativa já pagou salário aos Deputados locais do UMPP em igual circunstância não efectuando alegadamente o mesmo com Deputados do MLSTP nesta mesma câmara parlamentar.

E para forçar o pagamento e ver realizado tais pagamentos ao qual considera, de injustiça e discriminatória, António Barros, informou que vai recorrer ao Tribunal Constitucional, a Assembleia Nacional e ao Presidente da República, Evaristo Carvalho.

Por sua vez, Nestor Umbilina, Presidente do Partido do ‘’Movimento Verde para o Desenvolvimento do Príncipe’’ na Região do Príncipe, afirmou à Rádio Nacional do País que tem registado alegados actos de corrupção praticada pelas autoridades regionais.

“Há situações aqui que o Tribunal de Contas e o Ministério Público deveriam investigar actos de corrupção que ocorrem na Ilha do Príncipe”, sustentou Umbilina.

Reconfirmando a denúncia do MLSTP/Príncipe, Umbilina lamenta, por exemplo, que “muitos cidadãos da Ilha do Príncipe se encontram em São Tomé privados de viajarem para suas casas na Cidade de Stº António por causa de COVID-19 e destes não infectarem a população de Stº António com o vírus e cumprem-nas, e a Srª Directora desembarca do avião e vai para sua casa”.

Segundo ainda este dirigente político, após a denúncia e avultadas críticas, o Líder do Governo Regional mandou o Delegado da Saúde para responder e dar explicação sobre o assunto, ao qual, segundo adiantou Nestor Umbilina que “obviamente não nos convence, porque deveria ser o próprio Sr. Presidente a falar a opinião pública”.

Na óptica de Nestor Umbilina, “é de facto inadmissível que estas situações estejam a ocorrer e não haja investigação de autoridades judiciais”.

Fim/MD

DEIXE UM COMENTÁRIO

Digite seu comentário!
Seu nome