Por: Jorge Lázaro e Ricardo Neto da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 24 Jun ( STP-Press ) – Um grupo de comerciantes da capital de São Tomé considera que “ negócio está frio e pouco movimentado”, mas, congratula-se com reabertura do comércio à tempo reduzido, tendo, quase por unanimidade, sublinhado que “temos de atacar a doença[ Covid-19], mas, também ter cuidado de salvaguardar a economia”-, de acordo com depoimentos recolhidos hoje pela STP-Press em plena capital do país.
“O negócio está frio e com pouca movimentação” disse Stela Adetok, de nacionalidade nigeriana, representante da casa comercial “GOD IS OUR STRENGHLIMITAD”, tendo acrescentado que “apesar desta situação pouco favorável aos comerciantes, congratulamos as medidas lançadas pelo governo para a proteção a saúde porque a vida está em primeiro lugar”.
Tendo ainda congratulado com reabertura do comércio mesmo ao horário limitado, a comerciante defendeu que as medidas restritivas devem ser proporcionais em função de evolução da doença, sobretudo em conexão com o aspecto económico- financeiro, alegando que o “comércio briga com a barriga das pessoas, por isso, também influencia a saúde e a vida”.
Por outro lado, Jailson Sousa, em representação da casa comercial “GRANDE MUNDO” disse que “esta pandemia impôs-nos um funcionamento mais abaixo da meia do habitual em termos de venda”, tendo acrescentando que “ mas, nós compreendemos por se tratar de uma questão de saúde pública”.
Jailson Sousa revelou que “nós também adoptamos algumas medidas de combate a Covid-19 aqui no nosso centro comercial em função das orientações das autoridades nacionais”, tendo sublinhado que “ temos por exemplo de respeitar o uso obrigatório de máscara e do distanciamento social”.
Em depoimento a STP-Press, outro operador económico do centro da capital de São Tomé, Mamabo Bolo, também nigeriano, considerou que “ os comerciantes estão atravessar um período bastante complicado quase sem rendimento para sustentar os seus negócios”, tendo por isso, laçando um apelo ao governo para “dar um atenção especial aos comerciantes de modo a se evitar casos de falência, encerramento ou mesmo o despedimento de trabalhadores.
Sobre a situação de despedimento dos trabalhadores, Mamabo Bolo atribuiu nota positiva ao governo face a medida de mitigação aos efeitos negativos da pandemia, sobretudo, na compensação remuneratória que tem estado a conceder aos afetados pela doença bem como outras compensações de modo “ a equilibrar a actua situação de crise”.
Partilhando, claramente as opiniões dos comerciantes, José Duarte, um dos compradores no centro da capital também considera que “ as coisas estão fria e praticamente paradas em termos de negócios com pouca circulação de dinheiro e, isto é mau para economia de um Pais”, mas diz reconhecer a necessidade das restrições, sublinhando que “ temos de combater a doença com contribuição e esforço de todos”.
“Temos de atacar a doença, mas, também ter o cuidado de proteger o sector privado e salvaguardar a economia” disse o comprador Duarte alertando as autoridades do País para o abastecimento do mercado, sobretudo, com produtos alimentares, argumentando que “ porque não sabemos quando irá terminar esta pandemia e de modo a que ela não se associe por exemplo a uma eventual crise alimentar ”.
Fim/RN e JL