Por: Jornalista Swahillis Dênde em serviço especial para STP-Press

São Tomé, 27 Mai. (STP-Press) – O presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, participou, na última segunda-feira, em São Tomé, numa conferência on-line, sobre dia da África, subordinado ao tema “Superando Conflitos e Enfrentando o Desafio da Covid-19: Criando uma África Interdependente e Próspera”, organizada pela Federação Para a Paz Universal.

Delfim Neves, no seu discurso introdutório, começou por dizer que “falar sobre o Dia de África, no contexto dos objectivos da paz e desenvolvimento da União Africana, implica invocar vários factores”.


Segundo ainda o líder do Parlamento são-tomense ” alguns [ desses factores ] necessariamente de natureza económica e técnica, a marcar timbre nos esforços empreendidos pelas autoridades e povos do continente, mas que não podem nem devem subalternizar tudo quanto se conseguiu, ao longo dos tempos, em termos de valorização da história e das culturas africanas”.

“A este respeito, a par das grandes realizações conseguidas sobretudo nos anos 60 do passado século, com a Independência dos países, a África deve prosseguir na senda do combate aos mitos e preconceitos que continuam ainda hoje a perturbar a sua história”, – disse Delfim Neves.

O Presidente da Assembleia Nacional disse ainda que “o Covid-19, veio deixar a nu e despertar todos os líderes africanos e a população africana, de modo geral, para a necessidade de uma África unida, em torno de um projecto comum dedicado ao almejado desenvolvimento que todos auguramos, deixando cair no esquecimento o exacerbado egoísmo de poder e enriquecimento de determinadas individualidades e grupos, enquanto a maioria da população africana carece da assistência básica virada para a sua sobrevivência”.

“Num contexto tão dilacerante e adverso como o actual, em que às citadas crispações e conflitos se associam as revezes do famigerado Covid-19”, – alertou Delfim Neves para sublinhar que “a África ganha em respeitar e aplicar as orientações da OMS e dos respectivos governos no combate contra a terrível pandemia”.

Para este responsável, a obediência deve ser observada “tanto do ponto de vista relativas à protecção sanitária das suas populações (o confinamento, a quarentena, o isolamento social, a higienização, etc.) como a do “lay-off”.

“Demais formulações de índole social, tendentes a garantir a protecção dos trabalhadores face às fatídicas consequências da doença”, – acrescentou Delfim Neves no seu discurso introdutório.

Na óptica de Delfim Neves, e partindo da visão do fundador da Federação para Paz Universal, este é o momento ideal para a promoção, no seio da União Africana, de debates tendentes a encontrar, em primeiro lugar, mecanismos que fomentem a prevalência da paz e da harmonia entre os Estados e Povos africanos.

Asseverou, igualmente, em segundo lugar que deve-se “analisar a melhor forma para a consolidação de uma verdadeira união africana, condição indispensável para o desenvolvimento de tão rico e próspero continente”.

Neste encontro realizado por videoconferência, participaram várias figuras políticas africanas, com destaque para o antigo Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, ex-Vice-presidente da Zâmbia, Nevers Mumba, antiga ex-ministra da Família, Assuntos Sociais e Micro Finanças de Benim e o Presidente da Federação para Paz Universal, Thomas Walsh.


Fim/SD

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