Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 27 Mai 2020 ( STP-Press) – O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus declarou hoje o País “precisa de gente que ajude o governo a salvar vidas dos são-tomenses” face ao coronavírus [ a Covid-19], tendo sublinhado que depois de se resolver o problema da saúde pública causada pela pandemia “haverá tempo suficiente para o Covid político das presidências de 2021.

 “São Tomé e Príncipe precisa neste momento é de união e serenidade, de gente que ajude o governo a salvar vidas dos são-tomenses”, disse Jorge Bom Jesus, tendo sublinhado que “depois de resolvermos o problema de saúde pública causada pelo Covid-19, haverá tempo suficiente para o Covid político das presidências de 2021.

Em comunicado balanço do 5º Estado de Emergência face a pandemia lido esta tarde a imprensa, Bom Jesus denunciou que “prolifera-se uma onda de desinformação orquestrada sobretudo nas redes sociais, para desacreditar o governo e também algumas vozes experientes se levantam publicamente para crucificar o governo, apontando só falhas e propondo falsos remédios cosméticos e políticos”.

O primeiro-ministro declarou que “há um momento para tudo, senhoras e senhores! Para paz, para guerra, para construir, para destruir, ajudar, atrapalhar, matar e salvar, sem precisar de nenhum governo de salvação nacional”.

“Não faço parte da turma dos maniqueístas (profetas da desgraça) que sabem tudo e tem soluções milagrosas para tudo apenas quando estão na oposição e que acham que tudo está mal quando não estão na liderança, ou melhor, no poder, sobretudo, aqueles que tiveram a oportunidade para fazer melhor e diferente e não fizeram”- disse Jorge Bom Jesus.

Acrescentou que “enquanto chefe do governo e humilde servidor público, continuo a pautar pela verdade, transparência, abnegação, firmeza e mesmo em momentos difíceis da nossa história colectiva, como agora nesta pandemia Covid-19, em que o mundo parece desabar a nossa volta, prometo não quebrar o compromisso sagrado que assumi com o povo de São Tomé e Príncipe, do qual, sou parte integrante, estando aqui e agora e sempre, fisicamente, presente”.

Tendo considerado que “os momentos difíceis, históricos, filtram, enaltecem e absorvem os verdadeiros patriotas, mas desvendam os oportunistas” argumentou que “todavia, tudo tem sido feito pelo governo para melhorar a cada dia que passa ao nível diagnóstico, epidemiológico e clínico”.

“Entenderão que pandemia Covid-19 é uma escola para todos, até para os melhores sistemas de saúde do mundo”, disse para depois sustentar que “a crise da pandemia Covid-19 é efetivamente um flagelo mundial ao nível sanitário, social, cultural, moral, económico e financeiro e São Tomé e Príncipe não foi poupado”.

Bom Jesus anunciou que o actual Estado de emergência termina neste fim-de-semana e que governo foi convidado a tomar parte para a reunião balanço do 5º estado de emergência, presidida pelo Presidente da República na sexta-feira, dia 29 do corrente mês.

 “ Vamos analisar com o devido cuidado e atenção a situação actual e o impacto desta crise nos pais para decidir o próximo passo: voltar a prorrogar ou reduzir o nível de alerta para uma situação de calamidade pública com consequente desagravamento paulatino das medidas de restrição” acrescentou Bom Jesus em referência a supracitada reunião com o Presidente da República.

Tendo apontado a falta de laboratório para testes PCR como a maior fraqueza neste processo de combate a pandemia, Jorge Bom Jesus disse que “ já está montado” o ofertado pela OMS, estando o governo neste momento a “aguardar pela chegada do especialista para calibragem e início de testagem”.

Além de agradecimento aos profissionais da linha da frente no combate a Covid-19, designadamente, forças militares e para-militares, bombeiros, proteção social, finanças, agricultura, poder local e regional, comunicação social, entre outros, bem como aos profissionais doentes uma nota de conforto, as várias missões de cooperação e ao povo heroico de São Tomé e Príncipe.

“ Quero lembrar àqueles que só têm olhos para parte negativa da governação, que este governo baixou as altas taxas de paludismo que encontrou em finais de 2018” – disse Jorge Bom Jesus.
Novos dados divulgados esta tarde pelo ministério da Saúde revelaram mais dois novos casos positivos do coronavírus em São Tomé e Príncipe, subindo para um total de 443, dos quais, 351 em isolamento domiciliar, 68 recuperados e 12 internados no hospital de campanha, bem como o registo acumulado de 12 óbitos desde declaração da doença no País.

Fim/RN

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