Por: Arcangelo Dende, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São Tomé, 4 Maio ( STP-Press ) – A Associação dos Jornalistas São-tomenses (AJS) instou, este domingo, as autoridades nacionais à adopção de uma estratégia mais “agressiva” na luta contra o novo coronavírus para que toda a população acredite que existe literalmente esta mortífera doença no país.

O desejo da AJS vem expresso no seu comunicado, por ocasião da celebração do dia mundial de liberdade de imprensa, reiterando que “entende que a estratégia deve ser mais agressiva”, espelhando exemplo de que no país deveria “mostrar imagens de doentes infectados, internados nas unidades de tratamento, dos falecidos e recolher os depoimentos daqueles que se recuperaram”.

De acordo com o comunicado lido na voz do presidente da AJS, Juvenal Rodrigues, esta estratégia, de mostrar a realidade nacional sobre o covid-19, contribui para desfazer a onda de descrença que paira sobre o comportamento e atitude da grande maioria da população e a mesma funcionaria como “ uma espécie de terapia de choque”, ainda, segundo o presidente, que se tenha de proteger as identidades das pessoas.

 O presidente de AJS considerou que o dia mundial de liberdade de imprensa, este ano, sob o lema “jornalismo sem medo ou favor”, foi assinalado de forma atípica, mas “com responsabilidade acrescida para os profissionais da comunicação social”.

Juvenal Rodrigues sublinhou que “as actividades que tínhamos previsto tinham que ser canceladas e a pandemia de coronavírus que também atingiu o nosso país continua a exigir a presença dos Mídias no terreno tal como, por exemplo, os técnicos da saúde”.

Por conseguinte, o presidente reconheceu e enalteceu a contribuição crucial da imprensa para que a população compreenda e tome as decisões com base nas informações correctas, sublinhando que no que concerne a São Tomé e Príncipe, “um dos principais objectivos neste momento, no nosso entender, é combater a descrença da população sobre a existência ou não da Covid-19 no nosso país e outro é contrariar a onda de boatos e desenformação que circula sobretudo nas redes sociais”.

Face a esses desideratos, o presidente parafraseou o secretário-geral da ONU, António Guterres e actual representante da UNESCO, pela relevância da comunicação social, “por falar a verdade e fornecer antídoto: notícias e análises verificadas, científicas e baseadas em factos, desempenhando um papel de salva-vidas ao dar relatos sobre a saúde pública”.

Este responsável aproveitou a ocasião e destacou que é fundamental que os responsáveis olhem muito bem para a comunicação social e melhorem as condições e os estímulos para proteger e motivar os profissionais do sector, no exercício das suas funções e que “convém insistir que estão também na linha da frente contra este inimigo invisível, sempre estiveram em diversas circunstâncias e há década que a função que exercem não é devidamente reconhecida”.

Ainda, por ocasião ao dia, advertiu que o momento exige coerência factual que vai além das palavras, “porque não é favor algum, é uma questão de justiça. É imprescindível que cada um de nós faça o correcto para reduzir ao mínimo a proliferação da contaminação para uma doença que ainda não tem vacina. Cuidar um de outro de forma responsável é a principal manifestação de solidariedade”, reconheceu.

Logo após ao surgimento desta doença, muitas individualidades, nomeadamente o presidente da República, os serviços de cuidado de saúde, líderes políticos, ONG, e outros têm juntado ao apelo do governo, levando campanhas e mensagem de sensibilização para uma população que, de acordo com as suas realidades e necessidades, ainda se encontram mergulhadas num total descrédito, contribuindo para a propagação e registo de mortes pela covid-19, no país.

Para dar respostas a estas situações o actual governo, liderado por Jorge Bom Jesus, prometeu fazer de tudo para  por cobro a estas situações.

Fim/AD

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