Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 22 Abr ( STP-Press ) – O presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, apresentou esta terça-feira, um remédio tradicional malgaxe que, segundo ele, cura a Covid-19, através de bebida feita por planta de artemísia, também existente em São Tomé e Príncipe, de acordo com uma notícia da AFP.
AFP escreve que desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Aplicada de Madagáscar, esta bebida, feita à base de artemísia – uma planta com eficácia comprovada no tratamento da malária -, segundo o presidente do país, “dá resultados em sete dias” a cura do Covid-19.
Citando o presidente malgaxe, a AFP escreve que “este chá de ervas dá resultados em sete dias. Serei o primeiro a beber isto hoje[ terça-feira] na vossa frente, para mostrar que este produto cura e não mata”, afirmou Rajoelina
“A Covid-Organics será usada como profilaxia, ou seja, para prevenção, mas as observações clínicas mostraram uma tendência à sua eficácia no tratamento curativo”, afirmou Dr. Charles Andrianjara, presidente do Instituto de Pesquisa Aplicada de Madagascar.
Ainda não reconhecido pela comunidade internacional, segundo o presidente de Madagascar “duas pessoas foram curadas com este tratamento”, razão pelo qual vai passar a ser distribuído às crianças em idade escolar.
A OMS, que tem especialistas vigilantes sobre as curas reivindicadas para Covid-19, não compareceu na cerimónia de apresentação do tradicional remédio malgaxe de artemísia, planta também encontrada no território são-tomense tal como confirmou, o presidente da Associação são-tomense de Medicina Tradicional, Amâncio Valentim que há duas semanas, em entrevista a STP-Press havia admitido que “São Tomé e Príncipe dispõe de plantas com capacidades medicinais que possam impedir” uma eventual “contaminação” desse vírus.
Segundo, o praticante da medicina tradicional são-tomense, Amâncio Valentim disse que a “planta de artemísia tem potencialidades no tratamento anti palúdico, na fertilidade feminina, infeção urinária, entre outras propriedades medicinais” em outros tipos de “problemas de saúde”.
No âmbito da medicina convencional-cientifica são-tomense, há pouco menos de três semanas, um médico são-tomense, Daniel Carvalho, defendeu numa entrevista a Radio Nacional, o uso de anti-palúdicos [remédios contra paludismo] incluindo a hidroxicloroquina e a azitromicina no tratamento de doentes do coronavírus [ a Covid-19].
Na altura questionado sobre o tratamento a Covid-19, o médico Daniel Carvalho falou da aplicação de “ oxigénio e ou ventilador para ajudar [ o doente ] em caso de dificuldades de respiração… ou pneumonia ” tendo defendido ainda o uso dos “anti palúdicos mais hidroxicloroquina e azitromicina … em função da reação do paciente”.
Há pouco menos de 24 horas, o governo são-tomense anunciou a existência de três casos de internamento no principal hospital do País “Ayres de Menezes, que deram positivos pelo novo coronavírus, [ a Convid-19] detetados através de testes rápidos.
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