Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 17 Jan ( STP-Press ) – O governo reconhece que “a resposta às mudanças climáticas é uma prioridade humanitária”, e compromete-se em “cooperar com os parceiros para manter a crise climática sob controlo” – anunciou hoje o ministro são-tomense do Trabalho, Adlander Matos na abertura do Atelier de validação dos documentos “Fundo Verde para o Clima”.
“ Tendo em conta a vulnerabilidade do País ao aquecimento global, o governo reconhece que a resposta às mudanças climáticas é uma prioridade humanitária acima de tudo, comprometendo-se em cooperar com os parceiros para coletivamente agirmos no sentido de manter a crise climática sob controlo” – disse Adlander Matos.
Dirigindo-se, claramente, aos participantes do atelier, o governante sublinhou que “ a vós recai a responsabilidade da qualidade do documento final, pelo que peço a vossa total contribuição e entrega para que os documentos validados reflitam as nossas aspirações”.
O ministro afirmou ainda que “a problemática da erosão e das inundações, a perda na biodiversidade, a poluição dos rios, ribeiras e nascentes por produtos químicos, a expansão desordenada das áreas urbanas, a desflorestação e a degradação florestal, a utilização potencial agrícola para outros fins e consequentemente degradação dos solos fazem parte do rol dos problemas que preocupam as autoridades nacionais”.
“Em São Tomé e Príncipe, País insular, a subida do nível do mar já é uma realidade e alguns fenómenos naturais já põem em risco as comunidades que residem nas zonas costeira, tendo-se já registado inundações acompanhadas de destruição de habitações e materiais de trabalho dos pecadores, incluindo, as suas embarcações resultante de chuvas extremas e turbulência das aguas do mar”- adiantou Adlander Matos.
O ministro disse ainda que “ congratulo em meu nome e em nome do governo pela actual oportunidade em abordar a esta assembleia assuntos ligados à validação dos documentos do Fundo Verde para o Clima”.
São Tomé e Príncipe como membro da Comunidade Internacional e preocupado com as questões de desenvolvimento aderiu em 1992 às Convenções Internacionais de Rio de Janeiro sobre ambiente, Convenções que viria a ratificar em 1998. De entre estas principais convenções destaca-se a Convenção quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, cuja sigla em inglês é UNFCCC, disse Aline Castro técnica da direção geral do Ambiente.
Aline Castro adiantou que no âmbito dessa Convenção, o País tem cumprido com algumas obrigações, nomeadamente, a elaboração das Comunicações Nacionais que contêm os inventários das emissões de gases com efeitos de estufa, tendo o País já elaborado a sua terceira comunicação nacional em 2019.
Fim/RN