Texto:  Manuel Dênde *** Foto: António Amaral “InterMamata”

São Tomé, 11 de Dez. 2019 (STP-Press) – Ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Elsa Pinto exortou, seus concidadãos a se empenharem no trabalho interno visando o reforço de produção, uma vez que o país está na fase de transição para o desenvolvimento médio e regista-se uma substancial redução de auxílios externos.

Elsa Pinto, que falava, terça-feira, em São Tomé, numa reunião com representantes de diferentes Agências da ONU para fazer o balanço da assistência deste organismo internacional ao seu país, justificou maior empenhamento dos São-tomenses com a redução de apoio bilateral e multilateral externo ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.

“A era de assistencialismo acabou”, afirmou a chefe de diplomacia São-tomense, instando aos parceiros internacionais para compaginarem quadros de apoio da ONU ao Orçamento Geral de Estado do país para 2020, estimado em 1958 milhões de Dólares norte-americanos.

Para Elsa Pinto, aumento de produção vai garantir mais alimentação para os São-tomenses, pois, – segundo ela, – “precisamos de garantir a auto-suficiência alimentar e viabilizar o abastecimento regular dos mercados”.

“E daí, que há uma necessidade absoluta de aumentar a produção para que o país cresça e tenha uma economia robusta”, conforme está consignado no Programa do XVII Governo cujo Primeiro-ministro é Jorge Lopes Bom Jesus.

Segundo Elsa Pinto, presidente do Comité de Pilotagem dos quadros de apoio da ONU ao país, ajustes com OGE vão evitar, nomeadamente, sobreposição de auxílios e evitar-se-á, igualmente, redundâncias em outros sectores [não prioritários] ”.

A indiana Zaihra Virane, Embaixadora Residente da ONU em São Tomé, que co-presidiu a sessão que decorreu nas instalações do Ministério dos Negócios Estrangeiros e onde diversas Agências da ONU marcaram presença, das quais FNUAP, OMS, FAO, ONU-HABITAT, FIDA e OIT, reafirmou, por sua vez, que a ONU nunca negará auxílio a São Tomé e Príncipe.

Mas, deu a entender que tais auxílios devem virar-se para sectores estruturantes e prioritários, tendo por exemplo, nomeado a reforma da Justiça e na área juvenil, o emprego assim como o empreendedorismo jovem.

As partes, na discussão fizeram uma visualização sobre as acções efectuadas, com base num plano de acção, nomeadamente, de 2018 à 2019, subdividida em áreas como boa governação, coesão social e crescimento económico.

Além de quadros de diferentes sectores da Administração Pública, incluindo os dos Negócios Estrangeiros, marcaram presença na mesma reunião, alguns ministros, dos quais Ivete Correia, da Justiça, Adlander Matos, da Segurança Social, Osvaldo Abreu, das Infra-estruturas e Graça Lavres, do Comércio, respectivamente.

Fim/MD

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