Texto: Jornalista Manuel Dênde** Foto: Lourenço da Silva
São Tomé, 06 Dez. de 2019 (STP-Press) – O líder da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves deixa, este sábado, São Tomé, para uma visita oficial a República Popular da China.
Segundo uma fonte da casa parlamentar, Delfim Neves, far-se-á acompanhar de pouco menos de uma dezena de pessoas, das quais, membros do seu gabinete, e membros das três bancadas da Assembleia Nacional.
A deslocação de Delfim Neves a china para uma visita de uma semana, tem o termo previsto para 17 deste mês e durante a mesma, a segunda figura de Estado São-tomense, além de reunir-se em privado com Li Zhanshu, avistar-se-á, a luz do programa oficial da visita com o líder máximo chinês, Xi Jinping e deverá visitar, igualmente, algumas infra-estruturas industrias e económicas assim como com mais de duas centenas de estudantes São-tomenses neste país asiático.
Recorde-se que Delfim Neves desloca-se a Pequim a convite do seu homólogo chinês, Zhang Dejiang, e trata-se de primeira vez, na história política de São Tomé e Príncipe, que um líder do Parlamento e segunda figura deste Estado afro-lusófono desloca-se a China em visita oficial.
Em Junho último, Wang Cheng, Vice-presidente do Congresso Nacional do Povo ou Assembleia Popular Nacional havia-se deslocado em visita oficial a São Tomé e Príncipe e na circunstância, as partes subscreveram um acordo visando o reforço de laços bilaterais, mormente parlamentar entre os dois países.
Após o restabelecimento de relações diplomáticas à 26 de Dezembro de 2016, São Tomé e Pequim, acordaram mutuamente a diversificação de laços, dos quais entre as Assembleias dos dois Estados com vista ao reforço de relações diplomáticas multilaterais.
No âmbito de reactivação de laços diplomáticos entre Pequim e São Tomé, este país africano, foi igualmente admitido no Fórum Macau, um organismo de intercâmbio sócio financeiro e empresarial da China com Estados de Língua Oficial Portuguesa.
Além de alguns sobressaltos nas relações políticas, Pequim, nos anos 60 deu apoio político-diplomático e material a luta de libertação de São Tomé, através de sua organização independentista, MLSTP, que viria a tornar-se num importante aliado do Partido Comunista da China, no poder neste gigante da Ásia Oriental.
A deslocação de Delfim Neves a Pequim, sucede uma outra a que este líder havia feito a Geórgia, no âmbito de chamada filosofia de diplomacia parlamentar empreendida por este homem, Vice-presidente do Partido da Convergência Democrática, PCD com cinco Deputados e que, governa São Tomé e Príncipe em Coligação com MLSTP, UDD e MDFM.
Fim/MD