Por: Manuel Dendê, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São Tomé, 11 de Out. 2019 (STP-Press) – Autoridades de São Tomé e Príncipe admitem a hipótese de enviar um emissário à Costa do Marfim para desbloquear a situação de detenção de um cidadão São-tomense neste País de África Ocidental.
A notícia é avançada, hoje, pela ministra São-tomense dos Negócios Estrangeiros, Elsa Teixeira Pinto, que falava na manhã de hoje aos jornalistas após uma audiência na Comissão de Inquérito Parlamentar sobre a situação de detenção de um São-tomense, Pastor, que incompatibilizou-se com a Igreja Universal de Reino de Deus (IURD).
A governante que negou ter ignorado o caso, explicou que mal o seu Ministério recebeu a queixa/denúncia da sua esposa, Ana Paula Veloso, há duas semanas, decidiu agir observando “alguma discrição”.
Disse que diligências estão em curso via diplomática, junto das autoridades Ivoirenses, optando por accionar o exercício de “protecção consular” dado ao facto de São Tomé e Príncipe não ter Missão Diplomática na Costa do Marfim.
“Nós [Governo São-tomense] mal recebemos a Senhora Veloso e informados da situação, perante a sua gravidade, decidimos agir mas obviamente entenderão com alguma discrição e sobriedade”, disse, tendo em conta que trata-se de um Estado estrangeiro e amigo.
“O assunto como é óbvio requer alguma discrição, pois entenderão que trata-se de um Estado estrangeiros e amigo”, adiantou, defendendo que “há mecanismos apropriados, dos quais o exercício de Protecção Consular que accionamos para resolução do problema”.
“E caso verificarmos algum silêncio ou nulidade das diligências em curso, equacionamos, também, o envio de um enviado especial à Abidjan para resolução do caso”, adiantou, pontuando que “estamos solidários com o nosso concidadão e tudo o Estado São-tomense fará para colocá-lo aqui no País”.
Considerou que diligências estão morosas por ausência de uma Embaixada em Abidjan (capital da Costa do Marfim).
Porém, Elsa Pinto informou que São Tomé orientou suas Missões Diplomáticas em Libreville e Luanda (na Africa central), para junto de missões da Costa do Marfim na sub-região se inteirar da situação do cidadão Iudmilo Veloso.
Por sua vez, Cílcio Santos, Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito reiterou que o prazo dos oito dias dado a IURD é para cumprir e após esgotá-lo, renovaremos a convocatória para uma nova audição ao Bispo da IURD para se avaliar a situação.
Audiência com a Ministra dos Negócios Estrangeiros tinha como objectivo informar aos Deputados da 1ª e 4ª Comissão Especializada da Assembleia Nacional das diligências do Governo em curso visando a resolução da situação de detenção deste cidadão na capital marfinense.
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