Texto: Ricardo Neto *** Foto: António Amaral InterMamata
São-Tomé, 26 Jul ( STP-Press) – “N’GOLÁ” é o nome da VIIIª Bienal da Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe que abriu quinta-feira, na capital, em cerimónia presidida pelo Presidente da República, que felicitou a organização em especial o fundador e director do evento, João Carlos Silva e Curadora, Renny Ramakers pela forma como juntaram mais de três dezenas de artistas africanos na “valorização e na expansão” da cultura são-tomense pelo Mundo.
Além da Ministra do Turismo, Cultura, Comércio e Industria, Maria da Graça, a abertura do evento contou com presença do Procurador-Geral da República, Kelves de Carvalho, do Ministro da Saúde, Edgar Neves, Secretário Estado do Comércio e Industria, Eugénio da Graça, representantes do Corpo Diplomáticos, personalidades públicas e privadas, convidados especiais bem como artistas, designers e curadores de todo o continente africano que se juntaram na Casa das Artes Criação e Utopias, a Cacau, enfeitada de uma deslumbrante exposição de artes na noite inaugural do “N’GOLÁ”.
Em declarações a imprensa, o Presidente da República, Evaristo Carvalho disse que “ este evento contribui realmente para a valorização e expansão da cultura são-tomense”, tendo sublinhado que “ quero expressar os meus reconhecimentos por esta organização que conseguiu reunir dezenas e dezenas de artistas africanos na promoção da cultura são-tomense e africana”.
“ As minhas felicitações por esta organização” disse Evaristo Carvalho, tendo acrescentado que “ os meus parabéns ao grupo e especialmente para meu amigo, o famoso artista João Carlos Silva”.
Em conversa com os jornalistas, a Ministra do Turismo, Cultura, Comércio e Industria, Maria da Graça disse que “ são iniciativas com estas que nós necessitamos, porque elas abrem São Tomé e Príncipe ao mundo”, sublinhando que “ esta Bienal trouxe-nos muitos artistas africanos que vêm partilhar este espaço connosco e impulsionar a nossa são-tomensidade”.
A ex-primeira-ministra são-tomense, Maria das Neves disse a imprensa que “a Bienal está a crescer, porque nota-se que cada ano, mais vida, mais participantes, o que tem demostrado que São Tomé e Príncipe também está ligado ao Mundo”.
Na sua intervenção, ainda no período da apresentação do N’GOLÁ, o fundador e director da Bienal são-tomense, João Carlos Silva desafiou a plateia questionando se “ a cultura e o desporto não poderiam ajudar a mudar São Tomé e Príncipe?”, tendo sublinhado que “ a arte e a cultura podem nos ajudar a continuar a sonhar e buscar a fórmula para mudarmos o País para melhor com bem-estar para todos”.
Carlos Silva disse que o N’GOLÁ celebra o poder e a beleza das artes e cultura africanas e a forma como artistas e designers africanos contribuem para o futuro, tendo declarado que “ o evento apresenta uma geração auto-consciente de artistas africanos que estão agora a remodelar rapidamente sua cultura e sociedade”.
Disse que os artistas participantes vêm do Togo, RD Congo, Uganda, Ruanda, Quénia, Níger, Costa Marfim, África do Sul, Senegal, Camarões, Angola, Benin, Nigéria e São Tomé e Príncipe, para depois acrescentar que o evento vai durar três semanas e apresentado em vários locais tais como a Cacau com exposição de artes multidisciplinar, a Roça Agua-Izé e À Baià da Bô, com artistas são-tomenses e antiga fortaleza de São Jerónimo, palco dos concertos.
Fim/RN