Texto: Ricardo Neto e Neisy Sacramento** Foto: António Afonso “InterMamata”
São-Tomé, 22 Jun ( STP-Press ) – O ministro são-tomense do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, afirmou, sexta-feira, que “a situação económico-financeira do País é muito má”, tendo revelado que só em termos de dívidas internas, o “Estado são-tomense deve à Empresa Nacional de Combustível, ENCO, cerca de 150 milhões de dólares, valor equivalente ao Orçamento Geral do Estado, OGE, são-tomense.
“A dívida que o Estado são-tomense tem para com ENCO, relativamente a importação de combustíveis, a dívida ENCO-EMAE e dívida ENCO-Estado que hoje está cerca de 150 milhões, é um valor insustentável, que o País terá grandes dificuldades em pagar”, ” disse Osvaldo Vaz, tendo sustentado que “ só para verem que o Orçamento Geral do Estado é exatamente igual valor desta dívida”.
“ A situação económico-financeira do País está muito mal”, disse o ministro, tendo acrescentado que “indicadores macroeconómicos até 2018 estiveram todos em situação muito comprometedora, a taxa de inflação aumentou, o défice primário foi superior ao esperado e que as despesas correntes não suportam custos com pessoal”.
“ Isto significa dizer que a situação financeira deste País é extremamente difícil e exige acima de tudo, o empenho e a colaboração de todos são-tomenses” – disse Osvaldo Vaz, tendo anunciado que “ estamos a tomar medidas sérias na contenção de custos e também no aumento de receitas”.
“ Fomos obrigados a reduzir plafond”, disse Osvaldo Vaz acrescentando que “quanto as receitas temos estado a envidar os esforços de cobrar tudo o se deve ao Estado”, para depois concluir que “ gostaríamos de apelar a contribuição das instituições judiciais, nomeadamente, os Tribunais e o Ministério Público para nós ajudar nesta cruzada dos valores das dívidas do Estado”.
Além de ter anunciado o arranque de um conjunto de obras públicas, comportando, a reabilitação de estradas e pontes, a construção e reabilitação de escolas, abastecimento de água, Osvaldo Vaz citou para o efeito donativos do Banco Mundial, BM, em 39 milhões de dólares, Banco Africano de Desenvolvimento, BAD, em cinco milhões de dólares bem como o apoio da China e da União Europeia sem citar qualquer cifra.
Tendo reafirmado a política governamental de “incentivo ao sector privado”, sobretudo, numa perpectiva de participação das empresas privadas nas obras públicas do Estado, Osvaldo Vaz disse que “ estamos em contato com os parceiros multilaterais e bilaterais para que haja financiamento a taxa de juros mais baixos ao sector público local.
FIM/RN