Por: Ricardo Neto, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 12 Jun ( STP-Press ) – O ministro são-tomense da Defesa, Óscar Sousa disse que o antigo primeiro-ministro Patrice Trovoada foi o “autor intelectual” do golpe de Estado de 2003, enquanto, o ex-procurador, Adelino Pereira considerou caso “encerrado” por ter sido amnistiado no parlamento, tendo o ex-comandante da polícia, Manuel Vicente, declarado que “não tinha informações” sobre esta intentona, agora, alvo de instigação parlamentar.
Estas declarações foram terça-feira proferidas no final das audiências na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o golpe de 2003 face as acusações de Peter Lopes nas redes socias, denunciando o envolvimento de Patrice Trovoada na intentona e de ter dado ordens para assassinar os ex-Presidentes da Republica, Manuel Pinto da Costa e Fradique de Menezes e o ministro, Óscar Sousa.
A saída da audiência parlamentar, o ministro Osca Sousa, disse que “ financiamento não sei, mas que foi o autor intelectual, sim” , tendo depois acrescentado que “vim apenas para confirmar alguns aspetos que acho que são reais” face as denúncias de Peter Lopes.
Quanto ao ex-Procurador-Geral da República, Adelino Pereira disse que “ vim dizer à Assembleia é que se aprovou uma lei na decorrência do golpe de Estado, que amnistiou todos os atos praticados por civis e militares que estiveram implicados neste golpe, pelo que tendo esta lei de amnistia sido feita não se pode investigar nada, nada mais se pode fazer em relação a isso. É uma questão que está encerrada”.
“ Como é que uma resolução põe em causa uma lei” disse Adelino Pereira, tento sublinhado que “ esta investigação não faz sentido”.
Já Manuel Vicente, na altura do golpe nas funções do comandante geral da polícia nacional disse que “ não tinha informações” sobre o golpe de 2003, tendo sublinhado que este “ é um assunto que estava longe do alcance do comandante”.
Fim/RN