Texto: Ricardo Neto ** Foto Arquivo: Lourenço da Silva
São-Tomé, 05 Jun ( STP-Press ) – O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho convocou uma reunião do Conselho de Estado para esta quinta-feira as 10 horas locais, segundo um comunicado presidencial enviado esta tarde a STP-Press.
Assinado pela assessora de Comunicação e Imagem do Presidente da República, a jornalista Hélia Fernandes, este documento da presidência não faz qualquer referência ao tema a ser discutido na reunião.
Uma fonte da presidência assegurou a STP-Press que, antes da reunião serão empossados três novos membros indicados pela Assembleia Nacional, designadamente, Carlos Neves da Coligação líder da coligação UDD – MDFM, Idalécio Neves, vice-presidente da bancada parlamentar do ADI e o médico António Lima, o antigo ministro da Saúde do governo do MLSTP-PSD.
Sem natureza vinculativa, o Conselho de Estado é um órgão de consulta do Presidente da República, composto pelo presidente do Parlamento, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, procurador-geral da República, presidente do Governo Regional do Príncipe, antigos presidentes da República, três cidadãos idóneos designados por Presidente da República e três cidadãos eleitos pelo Parlamento.
Sem uma agenda, expectativas se levantam quanto ao assunto ser a discutido nesta reunião, numa altura em que se tem registado deteção e prisão de alguns ex-dirigentes, entre os quais, a prisão do ex-ministro das Finanças, Américo Ramos, um dos assessores da presidência, cujo processo judiciário de detenção provocou em Abril último um clima de desentendimento entre Presidente República e o Governo com trocas de palavras entre os titulares dos dois órgãos da soberania.
Na altura, o presidente Evaristo de Carvalho considerou que o País vive uma “premeditada tentativa de subversão da ordem constitucional”, tendo convocado “preventivamente” os Conselhos de Estado e Superior da Defesa, admitindo tomar “medidas que a situação impõe” para a “salvaguarda do Estado de Direito democrático”.
Em resposta o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus disse que“ a comunicação do Presidente da República é sintomática e prenunciadora do deja-vu, pois, constatamos com preocupação que talvez seja a única saída para encobrir atos e responsabilidades de alguns dirigentes que usaram indevidamente o erário público, aumentando a sua riqueza pessoal enquanto o povo contínua na miséria”.
Fim/RN