Por : Ricardo Neto, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 17 Abr ( STP-Press ) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus recebeu terça-feira em audiência o Procurador Geral da República, Kelve de Carvalho e a Directora da Polícia Judiciária, PJ, Maribel Rocha, num encontro testemunhado pela Ministra da Justiça, Ivete lima, mas, sem quaisquer declarações a imprensa.

O encontro com Jesus aconteceu 48 horas depois do Parlamento através da 1ª Comissão Especializada ter ouvido em separado o Procurador Kelve de Carvalho e Directora da Polícia Judiciária, Maribel Rocha face às trocas de acusações entre ambos com denúncia de usurpação de poderes na detenção e interrogatório de dois ex-ministros, envolvidos, num dos processos em causa.

A “troca de galhardetes” entre o Procurador da República e a Directora da PJ gerou uma outra entre o Presidente da República, Evaristo Carvalho e o Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus mas que 24 horas depois chegaram a um entendimento num encontro a porta fechada e bem distante da imprensa.

Seguiu-se depois a iniciativa da 1ª Comissão Especializada do Parlamento que após auscultação em separado ao Procurador e a Directora, o porta-voz da comissão parlamentar Raul Cardoso assegurou na altura que “ tudo está calmo entre as duas instituições e ambas vão cooperar para que se faça justiça em São Tomé e Príncipe”.

Tudo começou há pouco mais de duas semanas, quando o Procurador-Geral da República, Kelve  de Carvalho acusou a Polícia Judiciária, PJ, de usurpar os poderes do Ministério Público ao deter e ao impedir de viajar dois ex-ministros, tendo condenado “veementemente” a atuação desta polícia e  prometido “restabelecer a legalidade”.

Quarenta oito horas depois, a directora da Polícia Judiciária, PJ, Maribel Rocha lamentou e criticou atitude do Procurador-Geral da República, tendo declarado que a detenção do ex-ministro das Finanças foi validada por próprio Ministério Público, MP, e, acusando-o de ter posto em liberdade ex-ministro das Obras Públicas por uma imunidade parlamentar inexistente.

Fim/RN

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