Por: Josimar Afonso em colaboração à STP-Press a partir de Lisboa, Portugal

São-Tomé, 01 Abr ( STP-Press) – A são-tomense Ilidiacolina Vera Cruz, mais conhecida por Fatinha, tomou posse no domingo em Lisboa, para um segundo mandato a frente da  “Mén-non”-Associação de apoio as Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal, tendo sublinhado o desejo de continuar a apoiar os doentes são-tomenses que chegam as terras lusas.

Com ela também tomaram posse os membros dos outros órgãos sociais desta organização que desde 2010 tem trabalhado em parceria com as autoridades de São Tomé e Príncipe em Portugal para resolução dos problemas e reforço da cidadania das mulheres e cidadãos são-tomenses residentes em Portugal.

No seu primeiro mando, 2017-2019, Fatinha disse que “nós [Mén-non] apostamos em aproximarmo-nos muito mais da nossa comunidade emigrante e fomos muito bem recebidos e acolhidos e sentimos que eles precisam de nós e que existem algumas lacunas da qual a Mén-non se propôs, nestes dois anos, de fazer o trabalho conjunto, principalmente no âmbito dos direitos humanos, no âmbito da saúde e direito sexual e reprodutivo, também na questão da violência de género e violência doméstica”.

O problema dos doentes são-tomenses que chegam de junta médica para Portugal tem sido uma preocupação de longa data para a Mén-non. Nos últimos dois anos, Fatinha revelou que a organização realizou ações de solidariedade e esteve mais próxima destes doentes tendo revelado que “já temos uma listagens dos doentes que veem de S.Tomé e fizemos um levantamento das possíveis necessidades destes doentes”.

Na continuidade do seu mandato, a presidente da Mén-non disse que espera “concretizar mais ações que vêm a beneficiar estes doentes”.

A situação dos doentes são-tomense em Portugal é “preocupante, é delicada” e “não podemos estar a apontar o dedo, não existe responsáveis” disse, Fatinha Vera Cruz, para depois precisar que “nós todos em conjunto devemos juntar e analisar com cabeça fria essa situação toda dos doentes de junta médica, principalmente a quantidade de doentes que chegam a Portugal e muitas das vezes não têm condições para cá estar.”

Fatinha precisou que o sistema de saúde que é garantido aos doentes “muita das vezes falha” e deixa-os e seus acompanhantes em situação “muito, muito complicada e desconfortável no que diz respeito ao alojamento, alimentação e transporte”.

A presidente da Mén-non assegurou que vai trabalhar com o Estado São-tomense, através da sua Embaixada em Portugal e com o Estado Português para no futuro dar melhor solução a estes assuntos que deixa mesmo os doentes que chegam acompanhados de familiares em “situação muito má” em Portugal.

Outro foco definido por Fatinha para o seu segundo mandato a frente da Mé-non é a aposta na juventude que “é o motor da sociedade” e a maioria dos migrantes são-tomenses em Portgual. “Nós gostaríamos de mais jovens mulheres a participarem na Mé-non e nos movimentos que defendem os direitos das mulheres”, precisou Fatinha Vera Cruz para depois concluir que “quanto mais jovens lúcidos e formados melhor nós podemos atingir os nossos objetivos”.

“Mén Non”, é uma expressão do crioulo santomé, de São Tomé e Príncipe, que em português significa “Nossa Mãe”.

Ilidiacolina Vera Cruz (Fatinha) foi re-eleita presidente da Mén-non numa lista única apresentada na eleição do passado 16 de Março.

Fim/JA

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