Por: Ricardo Neto, Jornalista da Agência de Noticias STP-Press

São-Tomé, 28 Mar ( STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense Jorge Bom Jesus discursou  no “Fórum de Boao para Asia” a decorrer na China, tendo declarado que São Tomé e Príncipe está “engajado na defesa do livre comércio, livre circulação de pessoas”, visando a “atracção de investimento e capital estrangeiro no sentido de partilhar um futuro de desenvolvimento comum de todas as nações do mundo”.

“Somos ainda um País pobre, muito dependente das ajudas dos parceiros internacionais, mas com uma grande vontade de apanhar o comboio do desenvolvimento” disse Jorge Bom Jesus que declarou o engajamento do arquipélago na parceria de estratégia de cooperação multilateral rumo ao desenvolvimento sustentável.

“Estando por isso, totalmente engajados em assumir posições concertadas, na luta pela defesa do livre comércio, livre circulação de pessoas, parcerias estratégicas de cooperação multilateral e melhoria do ambiente de negócios para atracção de investimento e capital estrangeiro no sentido de podermos partilhar um futuro de desenvolvimento comum com todas as nações do mundo”, sustentou.

Bom Jesus argumentou que “ São Tomé e Príncipe é um pequeno País insular constituído por duas ilhas, situado no Golfo da Guiné, mas com um mar de oportunidades para serem exploradas, sobretudo ao nível do turismo e da prestação de serviços, considerando a nossa situação geográfica estratégica, que nos coloca à cerca de 2 h de avião dos grandes mercados africanos, com cerca de 350 milhões de consumidores”.

Disse ainda que “com o advento da globalização, a democratização das viagens intercontinentais e o desenvolvimento das auto-estradas da comunicação e tecnologias de informação, nenhum País ou povo pode hoje, ousar dizer que está orgulhosamente só ou que não precisa das cooperações e parcerias internacionais para atingir o desenvolvimento económico e o bem-estar do seu povo”.

Neste sentido, Jesus sustentou que “o mundo está em constantes mudanças e esse processo dinâmico não se compadece com algumas práticas de isolacionismo político e social ou de proteccionismo económico que ainda verificamos em algumas latitudes do nosso planeta”.

Tendo declarado que hoje somos todos, partes integrantes e participantes de uma mesma família global”, acrescentou que “qualquer situação, boa ou má, que aconteça com qualquer um dessa grande família, directa ou indirectamente, acaba por afectar todos os outros membros. Por exemplo, as guerras que ainda prevalecem em algumas partes do mundo, criam refugiados e deslocados que afectam todos os países vizinhos e têm impacto decisivo na subida do preço do petróleo a nível mundial”.

Disse ainda que “as catástrofes naturais, como aquela que aconteceu na semana passada com os nossos irmãos de Moçambique, nos tocam a todos e acabam por nos mobilizar, numa onda de solidariedade mundial, na tentativa de mitigar as graves consequências que essa situação teve para o Pais e para as populações”.

Acrescentou que “esses tipos de catástrofes naturais, que tem sido cada vez mais comum em varias partes do mundo, alertam-nos também para a necessidade de encararmos seriamente a luta contra as alterações climáticas e a preservação do ambiente e juntos trabalharmos, numa base de parceiras multilaterais, para vencermos essa gigantesca batalha”, sublinhando que “nesse capítulo, abro aqui um parêntese para saudar as posições que o governo Chinês tem assumido na defesa do acordo de París”.

“È com grande prazer e honra que aceitei o convite para representar São Tomé e Príncipe neste importante evento, como convidado especial”, disse tendo acrescentado que “de facto, embora sejamos um pequeno País situado do outro lado do mundo, o próprio lema da edição deste ano do “Fórum de Boao para Asia” justifica a nossa presença aqui”.

Fim/RN

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