Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 22 Marc ( STP-Press ) –   A Assembleia Nacional, o parlamento, de São-Tomé e Príncipe aprovou hoje, na generalidade, o Orçamento Geral do Estado,OGE, para 2019, e o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus desafiou os deputados para fiscalizarem o governo na sua execução.

Estimado em cerca de 150 milhões de dólares, o orçamento foi aprovado esta tarde com 30 votos favoráveis da maioria parlamentar formada por MLSTP-PSD, mais a coligação–PCD-MDFM-UDD e com abstenção  do ADI na posição.

“ Não basta orçamental” disse o Primeiro-Ministro, Jorge Bom Jesus, tendo sublinhando que “ peço à esta augusta Assembleia para nos acompanhar, nos criticar, monitorizar o governo, fiscalizar e avaliar, sobretudo, a execução orçamental, o que não aconteceu em 2018”.

 “ Foi muito agradável estar aqui durante estas duas sessões e queria desde de já disponibilizar-me para voltar aqui quantas vezes forem necessárias”, acrescentou o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus que apelou aposta pela excelência, responsabilidade e respeito pelo património.

Ao defender a política da continuidade Estado, Jesus disse que “ vou assumir tudo de bom e de mal que foi feito desde 1975 até hoje” para depois sublinhar que “ assumamos todos, eu vou assumir a minha parte com coragem, com determinação, com perseverança” argumentando que “ eu não escolhi o momento, eu fui escolhido pelo momento, se tivesse que escolher, talvez o momento não seria este.

Tendo defendido a relevância do investimento privado, Jorge Bom Jesus disse que “ o sector privado pode ser e tenho a certeza que será a nossa tabua de salvação, e concluindo que “ tudo será feito para criar um melhor ambiente de negócios para trazer o privado para investir não só na agricultura e no turismo mas, sobretudo, na algum cancro crónico, que temos como a energia”.

Justificando o voto da abstenção do seu partido, o líder da bancada do ADI na oposição, Abnildo de Oliveira apontou facto de benefício de dúvida por ser o primeiro orçamento deste governo, tendo manifestado “tristeza por algumas questões levantadas por seu partido não terem devidos esclarecimento” por parte do governo.

Já o líder da bancada parlamentar do MLSTP-PSD, Amaro Couto considerou “ a maior afirmação da democracia” num “ambiente de perguntas e respostas” que serviu para “fortalecer” o princípio do contraditório tal como rege o Estado de Direito Democrático.

Fim/RN

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