Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 12 Mar ( STP-Press) – O candidato ao cargo de presidente do ADI, Agostinho Fernandes declarou hoje em cerimónia da apresentação da sua candidatura ao congresso de 30 de Março que o partido “tem ser maior do que qualquer um dos seus militantes ou dirigentes”, tendo exortado os companheiros para ultrapassarem “ a síndrome do elefante”, numa claro ataque ao “auto-suspenso-presidente”, a quem declarou a “reserva de um lugar de honra” no partido.

“ Para o presidente autossuspenso, cuja visão, dedicação e contribuição para o crescimento e relevância política do ADI reservam-lhe, sem a mais pequena sombra de dúvidas, um lugar de honra na estrutura do partido” disse Agostinho Fernandes, referindo-se que “ temos de ajudar a ultrapassar a síndrome do elefante, que infelizmente, ainda afecta alguns dos nossos companheiros”.

 “Diz-se que quando um elefante bebé é preso com uma corrente a uma árvore, ele tenta, em busca de liberdade, romper a corrente. Após centenas de tentativas, apercebe-se que não funciona e desiste de tentar. Todavia, quando adulto, com cerca de 4 metros de altura e doze toneladas, e com força suficiente para romper e se libertar, o elefante continua a acreditar que é impossível, devido as suas experiencias do passado”, disse Fernandes, tendo concluído que “ o elefante viverá confinado pelo resto a vida a corrente, não mais fisicamente, mas agora mentalmente”.

“ Precisamos de libertar as nossas mentes de quaisquer amarras, receios ou preconceitos, que limitam o nosso poder de actuação” disse o candidato a presidência do partido, tendo sublinhado que “ o ADI tem de ser maior do que qualquer um dos seus militantes ou dirigentes, pois só assim ele será respeitado pela sociedade”.

Tendo declarado que “não podemos virar as costas a uma militância que nunca nos virou as costas nem a um País que fez de nós quem hoje somos”, Agostinho Fernandes disse que o motivo da sua candidatura deve-se ao “sentimento de que o País clama por um ADI renovado, forte e coeso,” tendo sublinhado que “fi-lo também e sobretudo com a firme convicção de que a história não nos julga apenas pelas nossas ações, mas também pelas nossas omissões”.

Além de ter citado que “fazer política tornou-se, aos olhos de muitos dos nossos concidadãos, tão asqueroso quanto pertencer à um gang de pequenos bandidos e marginais”, Agostinho Fernandes disse que “ muito boa gente, cidadãos valiosos preferem, por esse fato, permanecer na sua zona de conforto, assistindo, na plateia aos espetáculo desolador que os políticos exibem ciclicamente, legislatura após legislatura”.

“ Um ADI para São Tomé e Príncipe é o lema que nos move, pois o que queremos é um partido que entenda profundamente os anseios e as especificidades do nosso povo e do nosso País e que no respeito pela diversidade, seja um factor de união e de democracia e de concórdia entre são-tomenses”- disse o candidato   

Fim/RN

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