Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 6 Mar (STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, questionado terça-feira pela imprensa sobre a sua iniciativa de devolver o remanescente de viagem ao Estado, foi perentório em responder que “devolvi na expectativa do gesto contagiar outras instituições e cada são-tomense” uma vez que “precisamos de ter acções pedagógicas” para “dar sinais de contenção de despesas”.
“Talvez porque eu sou docente de formação, nós precisamos de ter acções pedagógicas, nós precisamos de dar sinais de contenção de despesas” disse Jorge Bom Jesus tendo sublinhado que “ as nossas receitas não cobrem as nossas despesas, portanto, os decisores a mais alto nível não podem querer viver na opulência num País pobre”.
“Por isso, aquilo que restou, eu devolvi na expectativa de que este gesto possa também contagiar outras instituições e cada são-tomense em particular” – disse Bom Jesus, tendo acrescentado que “ nós precisamos de alguma disciplina, sempre que possível o farei naturalmente, simbolicamente…”
“ Mas, penso que é um sinal claro da vontade do governo para que comecemos a sanear a nossa economia e sobretudo mostrar que estamos a inaugurar uma nova era em que o comportamento, a atitude, principalmente, dos dirigentes tem que mudar” disse para depois concluir que “ para mudar São Tomé e Príncipe cada um de nós tem que começar a mudar a si próprio”.
A pergunta sobre a devolução do remanescente de viagem foi feita na casa parlamentar quando Jesus falava sobre o projecto do Orçamento Geral do Estado que submeteu na tarde de terça-feira à Assembleia Nacional, o Parlamento são-tomense.
O Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, devolveu na segunda-feira última ao Tesouro Público 1.400, dólares do remanescente do subsídio de viagem a Luanda, Angola, em visita de Estado, uma semana depois de ter devolvido 700 Euros relativos a sua deslocação a Addis-Abeba, Etiópia no âmbito da Cimeira de União Africana.
Fim/RN