São-Tomé, 11 Fev ( STP-Press )  O chefe de Estado egípcio, Abdel-fatah Al-Sisi, assumiu formalmente, este domingo, a presidência rotativa da União Africana, UA, tendo alertado, no seu discurso inaugural, que o extremismo e o terrorismo são as maiores ameaças que assolam o continente africano, soube-se, hoje diplomática.

“O extremismo e o terrorismo são as maiores ameaças do continente” disse o novo presidente, na 32ª cimeira da UA, tendo-se comprometido que durante a sua presidência, centrar-se-á nestas e noutras questões, visando garantir a paz, segurança e reconstrução.

“O caminho ainda é bastante longo”, para alcançar o objetivo declarado da UA de “fazer calar as armas” até 2020, em um continente atravessado por conflitos, reconheceu o novo presidente que anunciou a organização de um “fórum pela paz e pelo desenvolvimento”, ainda este ano, em Asuan, Egipto.

Sob o lema “Rumo à soluções duradouras em deslocações forçadas em África”, o Chefe de Estado egípcio iniciou o discurso, saudando a todos os presentes em nome de Deus, exortando a união dos países membros da UA, na perspectiva de tornara a  África uma potência mundial.

Nas linhas mestras apresentadas para o desenvolvimento do continente e bem-estar dos seus cidadãos, Al-Sisi elencou a promoção do emprego e oportunidades para a juventude, a luta contra o terrorismo, o combate às alterações climáticas, tendo sublinhado que as crianças africanas têm o direito de herdar um mundo melhor.

O novo presidente da União Africana, que sucede a Paul Kagame do Rwanda, a quem agradeceu pelo seu engajamento pelas reformas em curso na organização, disse que o continente tem expectativas em relação às acções dos seus Chefes de Estado e de Governo, daí ter apelado para a necessidade de passar dos discursos às acções concretas para que o mundo veja que os líderes africanos são sérios”.

Pronunciando sobre a saúde financeira da organização, disse ter registado alguns progressos, tendo afirmado que as contribuições dos países membros atingiram os 89 milhões de dólares, para o Fundo da Paz, o que demonstra, de acordo com o presidente, a força da habilidade dos líderes africanos.

Chefes de Estado e de Governo de África, incluindo a participação são-tomense por primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, estão reunidos até segunda-feira de manhã, para tratar de temas de agenda da UA, como os refugiados internos, a migração e a criação de um passaporte africano, uma questão que, de acordo com a agenda da organização, há mais de dois anos consta no programa da UA e que, a entrar em vigor, permitirá aos cidadãos dos 54 países africanos viajarem por todo o continente sem necessidade de pedirem vistos.

Fim/AD

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