Texto: Manuel Dendê *** Foto: António Amaral”InterMamata”

São Tomé, 08 de Fev. 2019 (STP-Press) – O ministro São-tomense das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente disse, em São Tomé, que o Governo equaciona a possibilidade de avançar com a construção de um novo Porto com quadrupla função em Fernão Dias, na zona norte de São Tomé, com auxílio do Governo da China Popular.

 

Osvaldo D’Abreu anunciou tal facto, na última quinta-feira, no âmbito de uma visita de inspecção às instalações da ENAPOR (Empresa Nacional de Administração dos Portos), na baía de Ana Chaves, na Cidade de São Tomé.

 

A visita às instalações da ENAPOR, inseriu no âmbito de “contactos com a realidade” que o novo ministro que tutela algumas empresas públicas estatais vem efectuando, das quais, a ENASA (Empresa Nacional de Navegação Aérea).

 

Fernão Dias é uma localidade do litoral da ilha de São Tomé e conhecida pela tragédia do massacre de Batepá, perpetrado a 3 de Fevereiro de 1953 pelas autoridades coloniais portuguesas e próxima da vila de Micoló, no distrito de Lobata, que dista, ao norte da cidade de São Tomé, mais de 20 km.

 

Segundo o governante que falava à Imprensa, a opção pela construção de um novo Porto servirá de alternativa ao velho e a principal área portuária do arquipélago São-tomense.

 

De acordo ainda com o governante, o actual Porto de São Tomé, padece de múltiplos problemas, dos quais, a incapacidade operacional assim como carece de exigências de integração socioeconómica de São Tomé e Príncipe na sub-região de África Central.

 

Osvaldo D’Abreu, informou que trata-se de um projecto infraestrutural cujo processo negocial está em estado avançado “de ajustes” com a parte chinesa e que o projecto poderá conhecer a luz do dia, a médio prazo, com auxílio do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

D’Abreu não pontuou os custos deste novo projecto infraestrutural para o país, mas esclareceu que não será um projecto megalómano falhado de porto em águas profundas projectado pelo então Governo do Primeiro-ministro Patrice Trovoada.

 

Para este responsável, o tal Porto, além de competência comercial, vai dar resposta a procura e a recepção energética, acomodação de contentores e que satisfaça as necessidades pesqueiras do país a luz de nova visão estratégica do XVII Governo presidido pelo Primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

 

A medida que se perspectiva deste novo projecto infraestrutural, o governante assegurou que o Porto de São Tomé ou de Ana Chaves vai comportar a curto prazo algumas obras na hipótese de se “estendê-lo, buscando uma batimetria de mais três a quatro metros, para atracagem de alguns navios de médio porte”.

 

Fim/MD

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