Texto: Ricardo Neto ** Foto: Cristiano Dondo

São-Tomé, 06 Fev. ( STP-Press ) –  A revisão do estatuto de jornalistas são-tomenses aprovada há dias pelo governo de Jesus constitui “um instrumento jurídico fundamental” para “impulsionar o profissionalismo” à classe por ser “ mais abrangente e benéfico a  todos profissionais” da imprensa, sobretudo, em temos promocionais,  declarou hoje o Secretário de Estado para Comunicação Social, Adelino Lucas numa entrevista a STP-Press.

Questionado sobre as novas alterações do documento face a anterior versão de 2014, Adelino Lucas disse que o novo estatuto de jornalistas “passa a abranger a todos os profissionais da classe”, sobretudo, em matéria de “promoção de categoria e a valorização profissional, expurgando as normas que directa e indiretamente obstaculizavam e marginalizavam uns e outros” membros da família jornalística são-tomense.

Citando como exemplo, Adelino Lucas disse que na anterior versão de 2014, para se atingir a categoria máxima, a de “jornalista editor”, o profissional tinha de possuir formação superior e ter ainda “por acumulação” uma experiência mínima de 15 anos, enquanto na nova versão é basta ter uma formação superior ou ter apenas e somente 12 anos do exercício mínimo da profissão.

“ Isto significa que, com a revisão dos estatutos, agora, os jornalistas ficam com duas possibilidades de promoção para esta principal categoria jornalística da classe e com um requisito mais adequado a realidade são-tomense ”, sustentou o Secretario de Estado para Comunicação Social que também é um jornalista de profissão.

Exemplificando ainda que para a categoria de “Jornalista Principal”, a terceira mais alta da carreira, Lucas disse que além de um curso superior ou 10 anos de experiência a versão antiga de 2014 exigia, pelo menos três cursos de capacitação de duração mínima de 3 meses cada, enquanto a nova versão do documento defende apenas que o profissional tenha frequentado ações de formação interna de pelo menos 480 horas ou chefiado estruturas intermédias nos órgãos da comunicação social.

No mapa quadro da equiparação das carreiras e categorias, a de jornalista sénior, surge no topo da lista, seguido de jornalista principal, jornalista júnior e jornalista estagiário tendo como categoria equiparada a do assessor, técnico superior principal, técnico superior da 1ª classe, técnico superior da 2ª classe e técnico superior da 3º classe.

Aprovada há pouco menos de oito dias em conselho de ministros, a revisão do estatuto de carreira de jornalistas e técnicos da comunicação social são-tomense enquadra-se no programa do governo chefiado pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus com vista, essencialmente, a melhoria salarial e de condições de trabalho, sobretudo, nos órgãos estatais, designadamente, a Radio Nacional, TVS, e a Agência STP-Press, visando a garantia da imparcialidade, isenção, independência  e responsabilidade na prestação de serviço de imprensa no arquipélago.

Fim/RN

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