Texto: Ricardo Neto ** Lourenço da Silva
São-Tomé, 24 Jan ( STP-Press) – O governo são-tomense liderado por Jorge Bom Jesus e os membros do Comité Nacional de Coordenação Multisectorial manifestam preocupação face a redução em pouco mais de 50% de recursos postos a disposição do Estado são-tomense pelo Fundo Global no combate à HIV-sida, tuberculose e paludismo, soube-se hoje de fonte governamental.
A preocupação de ambas as partes foi manifestada na tarde de quarta-feira no palácio governamental no final da cerimónia de prestação de informações por parte do Comité Nacional de Coordenação Multisectoral ao Chefe do Executivo e o seu elenco sobre a situação de recursos que são normalmente desbloqueados pelo Fundo Global para o combate das supracitadas doenças.
“Para o ciclo 2012-2017 nós recebemos cerca de 12 milhões de dólares, mas para o período 2018 – 2020, o Fundo Global disponibilizou cerca de 5 milhões de dólares” – disse Leonel Carvalho, o secretário executivo do Comité, tendo sublinhado que a redução das verbas deve-se a passagem de São Tomé e Príncipe de Países Menos Avançados para o grupo de Países de Rendimento Médio.
“ A tendência é de diminuir porque o Fundo Global já coloca São Tomé e Príncipe como um País de rendimento médio” – disse Leonel Carvalho, tendo revelado que o Estado são-tomense não dispõe de condições para esta autossubsistência face a débil situação económico-financeira do País.
“É preciso que o governo saiba aquilo que já se fez e aquilo que está sendo feito” disse o secretário executivo do Comité Nacional de Coordenação Multisectorial, que é constituído por representantes do sector público, da sociedade civil e dos parceiros para desenvolvimento com vista a coordenar e elaborar de programa de combate HIV sida, tuberculose e paludismo através das verbas do Fundo Global.
O Fundo Global, com sede de Genebra, Suíça, é uma organização financeira internacional criada em 2002 por iniciativa de Países desenvolvimentos, com finalidade de atrair e distribuir recursos para prevenir e tratar HIV-sida, tuberculose e malária, dispondo atualmente de cerca de 28,3 bilhões de dólares para o cumprimento da sua missão.
Fim/RN