Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 22 Jan ( STP-Press ) – O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus exortou segunda-feira aos embaixadores e chefe de missões são-tomenses no estrangeiro para serem mais acutilantes na “projecção da imagem digna” do País visando a mobilização de recursos com vista a “promoção do desenvolvimento” e de “atendimento condigno” aos são-tomenses na diáspora.

Jorge Bom Jesus fez estas declarações na abertura do encontro com os embaixadores e chefe de missões são-tomenses no exterior numa iniciativa da ministra dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Elsa Pinto na presença do ministro de Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, que pelo mesmo diapasão, defendeu “uma diplomacia económica”, face a débil situação financeira do País.

No seu discurso, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus sublinhando a relevância da política externa como “eixo ao serviço de desenvolvimento nacional”, sustentou que “para tal, vislumbramos como essencial, maior acutilância na gestão e na mobilização de recursos, na divulgação e na promoção de oportunidades de investimentos no País”.

“Neste reajuste, dever-se-á ter ainda em conta a adopção de mecanismos que visem o atendimento condigno dos nossos concidadãos na diáspora e a sua integração nos respectivos Países de acolhimento” disse Jorge Bom Jesus que defendeu a “projecção de uma imagem digna do País” no exterior numa perspetiva de se mobilizar “recursos necessários para a promoção do desenvolvimento”.

“Peço-lhe a si [ministra dos Negócios Estrangeiros e Comunidades] que lidere com toda a sua sabedoria e inteligência essa árdua tarefa de debelarmos os constrangimentos diagnosticados no desenvolvimento do País, assumindo e resgatando os valores de excelência que sempre nortearam São Tomé e Príncipe no cenário internacional”, sublinhou Jorge Bom Jesus.

O chefe do governo reconheceu ainda que “urge que sejamos capazes de, uma certa criatividade, introduzir contribuições conceituais são-tomenses, susceptiveis de interferir nos importantes debates internacionais na ONU, UA, na CPLP, na CEEAC e no relacionamento com os parceiros tradicionais de desenvolvimento, no Fórum Macau e no Fórum PALOP bem como os novos parceiros a identificar”.

Citando o pensador Eliaxe Mondarck, sublinhando que “a diplomacia é, e sempre será a mais poderosa de todas as espadas, o mais poderoso de todos os escudos”, Bom Jesus apelou os diplomatas são-tomenses a exercerem com “zelo e dedicação a nobre função, protegendo São Tomé e Príncipe”.

Na sua intervenção, o ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz defendeu a promoção “diplomacia económica” para o País como forma de se ultrapassar a “difícil situação” socioeconómica e financeira, tendo governante relevado que “as receitas não conseguem cobrir as despesas”, num Estado que padece de uma dívida pública estimada em 500 milhões de dólares com uma taxa de inflação de 9% e do desemprego em cerca de 15%.

Fim/RN

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