Texto: Ricardo Neto ** Foto: Cristiano Dondo
São-Tomé, 19 Dez, – O ministro são-tomense da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa, Coronel das Forças Armadas, negou, hoje em sessão parlamentar, a existência dos dois presumíveis golpes de Estado anunciados em Junho e Agosto últimos do País, tendo sublinhado trata-se de actos “forjados” pelo anterior poder sustentado por ADI.
Tendo-se referido a “uma situação de dois golpes de Estado forjados” o Coronel Oscar Sousa, sublinhou que “ não há nenhum golpe de Estado, para depois revelar o desaparecimento do original do processo do inquérito das presumíveis intentonas.
“ Suspenderam uma serie de oficiais, foram ouvidos e o original do processo do inquérito desapareceu” disse o ministro da Defesa que teceu duras criticas ao seu antecessor por ter abandonado o País na altura das investigações dos presumíveis actos de subversão da ordem constitucional.
“É inadmissível que há quatro meses que há militares suspensos” disse o Coronel Óscar Sousa tendo sublinhado que “ os serviços competentes sabiam do golpe, conduziram mal o processo e eu vou anular tudo”.
“Temos os espanhóis presos, e eles terão de ser postos em liberdade” disse o ministro, tendo acrescentado que “ estivemos com embaixador. Por via diplomática temos de encontrar uma solução, por via jurídica temos de encontrar solução e incluível também por via política”.
Em Agosto, um tribunal de São Tomé decretou a prisão preventiva de três espanhóis e dois são-tomenses, suspeitos de uma tentativa de subversão da ordem constitucional juntando-se a um outro caso denunciado em junho envolvendo um dirigente político e um elemento das forças armadas.
Além dos golpes de Estado, o ministro da Defesa anunciou também um processo de recolha de armas a um grupo de homens que se encontravam alegadamente a mando do ex-primeiro-ministro, Patrice Trovoada.
“Começamos ontem (terça-feira) uma operação apelidada de Santo Tomé Poderoso na recolha de armas aos 90 homens especiais que estavam a mando do então Primiero-Ministro” disse Oscar Sousa acrescentando que a operação terminará no dia 07 de Janeiro com o nome de Santo António do Príncipe.
As declarações do ministro da Defesa e Ordem Interna foram feitas esta manhã na Assembleia Nacional, Parlamento , durante o debate sobre o Estado da Nação.
Fim/RN