Texto: Ricardo Neto ** Foto: Cristiano Dondo

São-Tomé, 19 Dez. ( STP-Press) – A dívida pública são-tomense aumentou de 244 milhões de dólares em 2014 para 332 milhões em junho de 2018”, declarou hoje, primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus  no debate sobre o Estado da Nação esta manhã na Assembleia Nacional, Parlamento são-tomense.

“ A dívida pública saiu de 244 milhões de dólares em 2014 para 332 milhões em junho de 2018, sendo que precisam de ser confirmados muitos engajamentos que não estão registados oficialmente, o que pode aumentar substancialmente a mesma”,- sublinhou Jorge Bom Jesus cintando dados económicos dos últimos quatro anos da governação sustentada pelo partido ADI.

“ Quanto a inflação subiu de 6,4 % em 2014 para 7,7% em 2017” disse o chefe do governo são-tomense, tendo ainda estimado que a taxa de inflação “poderá chegar aos 9% até ao final do ano, traduzindo-se num aumento exponencial de custo de vida a nível nacional”.

Além de revelar o decréscimo do Produto Interno Bruto, PIB que baixou de 6.5 % em 2014 para 2017, Jorge Bom Jesus acrescentou que “a nível das finanças públicas registou-se uma diminuição de investimento público na ordem dos 25 % até Setembro de 2018, face ao mesmo período em 2017, quando no início do de 2018, o governo anterior estimava um crescimento de 30%”.

Disse ainda que “as reservas internacionais líquidas cobrem actualmente apenas dois meses de importações, pondo em risco a âncora cambial da Dobra face ao Euro”- tendo sublinhado que “ este indicador é deveras preocupantes” uma vez que “ tem sido sustentáculo do controlo da inflação”.

Além de ter considerado que a “diminuição de investimento público contribuiu para a redução de riqueza criada em 2018 e aumento de contingente do desemprego”, Jorge Bom Jesus sustentou que “ a evolução desses indicadores demonstram que o custo de vida aumentou, a situação financeira é elevada e de grande preocupação e futuro do País está comprometido”.

“ Gastou-se muito, muito, dinheiro em comunicação e em viagens”- disse Bom Jesus tendo questionado que “ o que ganhou o País com uma despesa tão elevada, enquanto o subsídio dos idosos está com atraso de dois meses”.

Sublinhou ainda que “vamos levar ao cabo investigações, inquéritos e auditórias que permitem esclarecer a justificação, os fundamentos legais e adequação dos valores envolvidos em números actos que implicaram a utilização dos recursos o Estado muito dos quais, no período imediatamente anterior e posterior a publicação de resultados eleitorais”.

“ Não vamos julgar nem condenar ninguém” – disse o chefe do governo para depois sublinhar que “ isto é tarefa das instâncias e instituições competentes da nossa República, onde a presunção da inocência é um princípio cardinal”.

Fim/RN

 

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