Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 30 Out, – A Guiné-Equatorial quer relançar a cooperação com São Tomé e Príncipe, sobretudo, nas áreas de formação, transportes aéreo e marítimo, tal como anunciou o embaixador equato-guineense, Paulino Bololo Ekoso na noite de segunda-feira em cerimónia do 50º aniversário da independência deste País membro da CPLP.
“ Atualmente temos assinados vários acordos de cooperação em distintos domínios e uma nutrida agenda bilateral com importantes iniciativas nas áreas de formação, transporte aéreo, transporte marítimo entre outras, que esperamos sejam retomadas pelo novo governo, para assim podermos avançar …” – disse Paulino Bololo quando se referia a cooperação entre os dois Países.
O embaixador da Guiné-Equatorial declarou que base da cooperação entre São Tome e Príncipe e a Guiné-Equatorial “está bem assente no acordo quadro assinado em 1982”, tendo sublinhado que “ faço uma especial menção as nossas relações que datam de muito antes da nossa independência como Estado soberano”.
“Existem elementos históricos e vínculos sanguíneos que nos unem como verdadeiros irmãos” disse o diplomata equato-guineense, para depois acrescentar que “ esta realidade tem sido assumida por todos os governos” dos respectivos Países.
Ainda no seu discurso por ocasião da efeméride, o embaixador da Guiné-Equatorial falou da política internacional apelando aos Estados africanos em desenvolvimento a se unirem em defesa dos seus recursos face aos interesses dos chamados os grandes Países como consequência do fenómeno da hegemonia internacional.
Tendo-se manifestado preocupado com os interesses externos, o embaixador da Guiné-Equatorial defendeu a união de todos Estados em crescimento no sentido de se construir um Mundo, onde “cada País seja dono único e administrador dos seus recursos e protagonista da sua própria história”.
Ao falar da Guiné-Equatorial, o diplomata dividiu a história do seu País em três epatas, começando pela luta de libertação e da conquista da independência em 1968, passando pelo período dos onze anos “tristes” do regime ditatorial e de empobrecimento do País, até, a terceira fase marcada pelo golpe da liberdade de 1979 que conduziu o País ao progresso, desenvolvimento e instauração do sistema democrático vigente nesse País situado no golfo da Guiné e liderado pelo presidente Teodoro Obiang Nguema.
Fim/RN