Por: Ricardo Neto, Jornalista da Agência Noticiosa STP-Press

São-Tomé, 16 Out (São-Tomé) – A Comunidade Económica do Estados da África Central  (CEEAC), está disposta a apoiar as autoridades de São Tomé e Príncipe a encontrarem uma saída para a crise pós-eleitoral – anunciou hoje um enviado especial desta organização no final de audiência com Presidente da República, Evaristo Carvalho.

Ahmad Allam-mi , secretário-geral da CEEAC procedeu esta manhã a entrega de uma mensagem do presidente desta comunidade Ali-Ben Bongo Ondimba ao Presidente de São Tomé e Príncipe manifestando a disponibilidade desta organização de apoiar as autoridades são-tomenses a pacificar o País face a crise resultante das últimas eleições do dia 07 de Outubro.

“O presidente em exercício da CEEAC enviou-me para entregar uma carta ao presidente da república e orientou-me para me inteirar sobre a situação política no País e ver em que medida a CEEAC pode contribuir para a pacificação” – disse Ahmad Allam-mi a saída de encontro do presidente Evaristo Carvalho

“ O vosso País é um país democrático e exemplar na sub-região, não há razões para violência, é preciso que as coisas corram no respeito da ordem constitucional e da lei”- sublinhou o enviado especial da CEEAC.

Populares contestam a presença do general estrangeiro na delegação

Tendo-se deslocado a sede do Tribunal Constitucional, onde decorre os trabalhos do apuramento final dos resultados das eleições legislativas, um grupo de populares manifestou-se contra a presença de um militar estrangeiro, (general) que fazia parte desta delegação chefiada por Ahmad Allam-mi, que teve depois de abandonar as instalações desse tribunal.

Após as legislativas de 07 de Outubro, tem-se registado de um lado o partido ADI, vencedor com uma maioria simples de 25 dos 55 deputados do Parlamento, a reivindicar o direito de formar o governo e do outro lado, a oposição formada por MLSTP-PSD, o segundo mais votado com 23 deputados e a coligação PCD-MDFM-UDD, o terceiro com 5 deputados, também reclamar a viculatividade de governar em aliança com uma sustentabilidade parlamentar de 28 deputados.

Além de interpretações, troca acesa de palavras, acusações e ameaças, entre os dirigentes das forças políticas em causa, o período eleitoral ficou marcado no dia 8 de Outubro com acto de violência protagonizado por um grupo de populares revoltosos que incendiou uma viatura de uma juíza que participava no apuramento dos resultados eleitorais no distrito da capital São-Tomé.

Fim/RN

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