Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência STP-Press
São-Tomé, 31 Ags ( STP-Press) – Em mensagem por ocasião do dia da Medicina Tradicional Africana, que se assinala hoje 31 de Agosto, a Directora Regional da OMS, para África, Matshidiso Moeti declarou que “estes medicamentos devem respeitar com as normas da OMS visando a inscrição e selecção para a sua inclusão na lista nacional de medicamentos essenciais”.
Em mensagem enviada esta manhã a STP-Press, a Directora Regional da OMS, sublinhou que “o aumento da produção local é crucial para contribuir na concretização dos objectivos da cobertura universal dos cuidados de saúde (CUS) e objectivos de desenvolvimento sustentáveis, o que inclui o acesso a medicamentos seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis a todos”.
Disse ainda que “para a concretização destes objectivos os países precisam de sistemas de regulação robustos, visando a protecção contra os medicamentos de baixa qualidade, e garantir produtos de medicina tradicional produzidos localmente e matéria-prima de origem vegetal alinhados com as normas internacionais de qualidade, segurança e eficiência”.
“Estes medicamentos devem respeitar com as normas da OMS visando a inscrição e selecção para a sua inclusão na lista nacional de medicamentos essenciais” disse para depois acrescentar que “o fabrico local de produtos da medicina tradicional para o tratamento dessas doenças necessita de um quadro político, regulamentar e económico para facilitar e melhorar a produção local.”
Tendo considerado que “as parcerias público-privadas mais robustas devem fomentar os investimentos na produção local, e garantir a protecção face aos riscos financeiros através da melhoria do desenvolvimento socioeconómico, Matshidiso Moeti declarou que para apoiar o investimento e a transferências de tecnologias, a OMS e os seus parceiros prestaram apoio aos países para a avaliação das necessidades em termos do fabrico local de produtos da medicina tradicional para doenças prioritárias.
Além de adiantar que a OMS está também a ajudando a desenvolver as competências e as capacidades de gestão nas áreas do controlo de qualidade e de registo de produtos da medicina tradicional, sublinhou que “Publicámos uma série de directrizes para uso dos países de acordo com as suas circunstâncias específicas, para garantir a qualidade, a segurança e a eficácia destes e de outros produtos médicos”.
Por ocasião da data, a Directora Regional do Escritório da OMS aproveitou para apelar aos países a aumentarem as parcerias público-privadas e investimentos para aumentarem a produção local, e manterem os elevados padrões de qualidade e sistemas que garantem a segurança dos produtos medicinais, tendo também instado para uma maior colaboração entre governos, autoridades nacionais de regulação farmacêutica, fabricantes e profissionais de medicina tradicional para acelerar a produção local de produtos para a medicina tradicional na Região.
“Isto irá contribuir para cuidados de saúde de qualidade, melhorar de forma substancial o acesso a medicamentos essenciais de qualidade, e promover uma melhor saúde e bem-estar para as populações africanas”- disse para depois felicitar os países que já produzem de forma local e os parceiros que apoiam esta iniciativa, tendo sublinhado que “Mas é preciso fazer mais para melhorar o acesso a produtos de medicina tradicional com qualidade”.
Fim/ RN – OMS