Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço Silva
São-Tomé, 05 Jun ( STP-Press ) – O líder parlamentar do MLSTP-PSD, Jorge Amado interpôs segunda-feira uma queixa-crime por difamação contra um dos dirigentes do partido, Osvaldo Vaz, mesmo dia em que um outro deputado recém desfiliado dos sociais-democratas, Domingos Monteiro, “Nino”, também moveu queixa-crime contra o seu ex-colega Américo Barros, um dos vice-presidente do partido.
O líder da bancada parlamentar da maior força da oposição são-tomense, Jorge Amado explicou que a decisão de se recorrer a justiça deve-se uma onda de “difamação, injuria e calunia” que tem sido vítima alvo por parte de “ um grupo de assaltantes” e “analfabetos políticos” que assumiu de forma ilegítima a direção do MLSTP-PSD.
Tendo denunciado que tudo tem a ver com a sua assinatura no projecto resolução que culminou com a exoneração dos juízes do Supremo, Jorge Amado afastou qualquer responsabilidade no facto alegando ter rubricado o documento numa perspetiva de se averiguar as denúncias relativas ao envolvimento dos magistrados em casos de corrupção.
“ Em momento nenhum a petição que assinei pedia a exoneração de juízes” disse Jorge Amado tendo sublinhado que a essência da petição era no sentido de se abrir um processo de investigação sobre os alagados casos de ilicitudes e irregularidades envolvendo os juízes do Supremo.
Tendo-se encontrado fora do País na altura da discussão e aprovação da referida petição, Jorge Amado declarou que “ cabia o partido [MLSTP-PSD] fazer a defesa do projecto na plenária… e não agora estar com difamação, injuria e calunia contra a minha pessoa”
“ Por ser deputado, não devo ser condenado pelas ações que tomei em defesa do povo e em defesa da legalidade” – disse Jorge Amado para depois acrescentar que “ neste momento, o partido está sob a gestão de um grupo de assaltantes que nem sequer dá espaço para as pessoas se defenderem das acusações ”.
A introdução da queixa-crime de Jorge Amado contra o Osvaldo Vaz, um dos actuais dirigentes do partido aconteceu no mesmo dia em que o deputado independente, Nino Monteiro, saído há pouco mais de um mês do MLSTP-PSD por alegada perseguição, também interpôs uma queixa-crime no ministério público contra o deputado Américo Barros, um dos actuais dirigentes dos sociais-democratas, por difamação e injuria no último espaço do tempo de antena do partido.
Há pouco mais de um mês, os Irmãos Monteiro, designadamente, Domingos Monteiro, “Nino” e António Monteiro, ambos MLSTP-PSD, decidiram abandonar as estruturas do partido e a respectiva bancada parlamentar, passando, para estatuto de independente alegando perseguições no seio de partido.
Fim/RN
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Declaração do Deputado Jorge Amado do MLSTP-PSD